A construção de uma greve unificada do funcionalismo está na pauta do movimento sindical de diferentes segmentos de servidores públicos. Ela foi um dos pontos debatidos na reunião do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), realizada no dia 23 de dezembro.
A reunião aconteceu dois dias depois da aprovação do orçamento da União para 2022, que não prevê recursos para reajuste salarial dos servidores públicos federais. E diante da postura do governo federal de beneficiar somente as carreiras de policiais federais, a ideia de uma mobilização unificada ganhou força.
O texto aprovado pelo plenário da Câmara de Deputados inclui R$ 1,7 bilhão para reajuste e reestruturação apenas de carreiras de policiais federais. A decisão atende a uma reivindicação do presidente Bolsonaro, conforme informações da imprensa (veja aqui).
A preparação da greve do funcionalismo terá uma importante etapa em 14 de janeiro, quando acontece uma reunião presencial/ online em Porto Alegre (RS). Convocado pelo Fonasefe, o encontro vai deliberar sobre uma plenária do conjunto do funcionalismo público.
O município também será sede do Fórum Social Mundial Justiça e Democracia (FSMJD), no período de 26 a 30 de janeiro (veja aqui).
Pela valorização dos(as) servidores(as)
O Sitraemg fará um requerimento solicitando providências do presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça contra o orçamento aprovado.
Ao longo do ano passado, o sindicato fez uma série de gestões junto aos parlamentares reivindicando recursos para a valorização dos servidores. No dia da votação (21), a direção do Sitraemg enviou ofício ao relator do PLOA, deputado Hugo Leal (PSD/RJ). A solicitação foi para a inclusão no orçamento de verba destinada à recomposição salarial dos servidores do judiciário federal.
A Fenajufe e os demais sindicatos também se mobilizam em defesa dos servidores do Judiciário Federal.
O coordenador do Sitraemg Alexandre Magnus ressalta que o sindicato atuará junto à Federação e chama a mobilização da categoria. “O objetivo é que os servidores do PJU se unam a outras categorias pelo reajuste salarial. O sindicato continuará buscando mecanismos para garantir a justa revisão remuneratória como a aprovação da data-base”, afirmou.
Para Magnus o Poder Judiciário tem sua autonomia e independência, podendo reconhecer a importância da carreira dos seus servidores. Além disso, “pode adotar providências para reparar em caráter urgentíssimo a injustiça praticada, de modo a propor a inclusão destes servidores entre as categorias a serem contempladas com o reajuste salarial”, enfatizou.
Por unanimidade, a diretoria do Sitraemg resolveu também enviar ofício a Fenajufe cobrando um calendário de mobilização com datas ainda para o mês de janeiro.
Mobilizações por reajuste
Diante da aprovação do orçamento sem recursos para o reajuste salarial dos servidores, mais de 700 delegados e chefes da Receita Federal deixaram seus cargos em protesto. A saída em massa dos profissionais pode paralisar o fluxo de mercadorias em aeroportos e portos do país.
O sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) também iniciou movimento de entrega de cargos de chefia na autarquia nesta segunda-feira (3). Os servidores pedem reajuste salarial após a aprovação do orçamento no Congresso.
Segundo a entidade, a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas. Em nota, o Sinal afirmou que será elaborada uma lista nos próximos dias com os nomes de quem aderiu.
Assessoria de Comunicação
SITRAEMG