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Os trabalhadores não estão sós na luta contra a retirada de direitos

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Diante do massacre aos direitos dos trabalhadores e da população em geral, que no Brasil é retomado novamente, após pequena trégua que se verificou durante o auge da pandemia do novo coronavírus, mesmo assim com o governo brasileiro impondo uma desumana redução salarial na iniciativa privada e o congelamento dos salários no serviço público, o SITAEMG resgata, a seguir, trechos de um discurso proferido pelo Papa Francisco, em 28 de junho de 2017, ao receber, no Vaticano, delegados da Confederação Italiana dos Sindicatos dos Trabalhadores (Cisl) que participavam de um congresso do segmento na capital italiana.

“O trabalho é a forma mais comum de cooperação que a humanidade gerou na sua história, é uma forma de amor civil”, definiu o papa. Em relação às longas jornadas, que exploram com exagero a força física dos trabalhadores, ressaltou a necessidade da “cultura do ócio”, para que as pessoas tenham tempo para repousar e para conviver com seus filhos, sua família. Criticando a lógica do livre mercado como norte único recomendado pelo capitalismo para o sucesso da economia, definiu como “míope” uma sociedade que obriga os idosos a trabalharem por muitos anos enquanto uma geração inteira de jovens anseia por uma oportunidade de trabalho.

Sobre a atividade sindical, disse que “não existe uma boa sociedade sem um bom sindicato”, e defendeu a aproximação das entidades com as camadas mais pobres da população. “Não há um bom sindicato que não renasça todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da economia em pedras angulares”, afirmou, ensinando que “sindicato é uma bela palavra que provém do grego syn-dike, isto é, ‘justiça juntos’” e reforçando que “não há justiça se não se está com os excluídos”.

Parece até que o sumo pontífice direcionava seu “puxão de orelhas” para o governo do Brasil. São falas que devem ser bastante refletidas, assimiladas e reverberadas pela classe trabalhadora brasileira, em seus contatos diários com as mais diversas camadas da população, nessa difícil e inglória missão de desconstruir o discurso autoritário que o governo utiliza, com o apoio incondicional e entusiasmado da imprensa, para levar os cidadãos deste país a aceitarem passivamente as políticas reformistas brutais de retirada de direitos e de desmonte do Estado e dos serviços públicos.

Fonte: cancaonova.com.br

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