Na semana passada, os servidores do Judiciário Federal, que se deslocaram em caravanas de vários estados, incluindo Minas Gerais, tiveram que permanecer dois dias em Brasília (DF), para as duas sessões do Congresso Nacional que foram marcadas para terça-feira, 6, e quarta-feira, 7, mas acabaram encerradas sem votação dos vetos presidenciais – dentre eles, o Veto 26/15 -, por falta de quórum.
Porém, cansados de ser mais uma vez enrolados por um presidente do Congresso Nacional inteiramente curvado ao Executivo, e usados por parte dos congressistas nessa interminável “briga” entre o presidente da Câmara dos Deputados e governo, incluindo-se ainda os integrantes da base governista que se sentem “desprestigiados” pela presidente da República na última reforma presidencial mas sem não coragem suficiente para abandonar o “osso” do poder, os servidores, ainda nas galerias do plenário da Câmara, decidiram ir à forra. Em tom de desabafo, despejaram toda a indignação da categoria pelo descaso dos três poderes em relação à reivindicação salarial que já se arrasta desde 2009.
Além da já tradicional paródia “PT pagou/com traição/a quem sempre/lhe deu a mão”, palavras de ordem e recados claros para as próximas eleições: “A hora é agora, é hora de pressão; se não derrubar o veto, não vai ter eleição”; “Não somos moeda de troca, não somos moeda de troca, não somos moeda de troca…”, “Ô deputado, ô senador, derruba o veto e respeita o servidor”, “Ô Picciani (deputado Leonardo Picciani, do PMDB/RJ), pode apostar, a sua hora vai chegar”; “Quem quer ministério, quem quer ministério…”; “Respeito, respeito, respeito…” e “Justiça, justiça, justiça…”.
Que todos os servidores mineiros continuem atentos. Assim que a próxima sessão do Congresso for convocada, serão novamente chamados para novas caravanas a Brasília. Aguardem!
Confira, abaixo, vídeo da manifestação dos servidores e fotos, dentro das galerias e nos corredores da Câmara dos Deputados:
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