Participantes mineiros classificaram como muito boas e importantes as discussões e vêem no evento a oportunidade de exporem os problemas dos tribunais em Minas
Prosseguem neste sábado, 24 de agosto, em Brasília, os trabalhos da XVIII Plenária Nacional Extraordinária da Fenajufe, que começou ontem, dia 23, com um debate sobre conjuntura (veja matéria aqui). Os delegados e observadores começaram o dia apreciando e aprovando o Regimento Interno e, logo após, passaram para a discussão das propostas para o Plano de Lutas da categoria – que não foram apreciadas no 8º Congrejufe, realizado em Caeté, em abril deste ano.
Para facilitar e agilizar os trabalhos, foi formada uma Comissão de Sistematização, que agrupou por temas e semelhanças todas as propostas apresentadas, reduzindo um caderno de teses de mais de 100 páginas a apenas 23. A discussão prosseguirá a te a noite e, até agora, as propostas que não tiveram destaque foram votadas em bloco. Para encerrar os trabalhos deste sábado, está prevista uma assembléia nacional para ratificação da criação da Fenajufe.
Mineiros opinam
A delegação mineira compareceu à XVIII Plenária com onze (dez eleitos em assembléia e um delegado nato, da diretoria) delegados e cinco observadores. Alguns estão participando pela primeira vez de um evento como esse, como é o caso de Fabrício Rezende Lima (TRE/Caratinga), Ciro Bastos dos Anjos (TRE/Itanhomim) e Moisés Pinho da Silva (TRE/Belo Horizonte).
Fabrício Lima enxergou na sua escolha como delegado uma boa oportunidade de trazer para a Plenária as dificuldades enfrentadas pelo Tribunal Regional Eleitoral mineiro, onde “os servidores tem sido muito massacrados, estão só perdendo direitos”. O servidor também está satisfeito com as discussões, no entanto, acredita que elas carecem de mais objetividade. Opinião semelhante tem Moisés Pinho, que vê na sua vinda à Plenária a chance da federação ouvir os anseios dos servidores do TRE. “Minha perspectiva para a Plenária é de muita luta, poque estou percebendo uma divisão na categoria e na própria Plenária. Precisamos convencer os colegas que só através de mobilização as coisas acontecem”, opinou Pinho. Já para Ciro dos Anjos, as discussões estão bem relacionadas aos interesses da categoria e ele espera que elas tenham resultados efetivos e que “a classe se engaje na luta para conseguirmos nossos objetivos”.
A coordenadora geral do SITRAEMG Lúcia Maria Bernardes de Freitas, que está presente como delegada nata, disse estar gostando do nível dos debates, por perceber “boa vontade das partes para que os trabalhos caminhem”, haja vista o cumprimento da programação da parte da manhã, destacou. “A Plenária é uma das instâncias mais importantes no sentido de buscar a real defesa dos interesses da categoria, especialmente esta, que trata do Plano de Lutas, que vai nortear as ações para o próximo período”, declarou Carlos Humberto Rodrigues, coordenador executivo do SITRAEMG e também da Fenajufe. O coordenador também salientou a importância da presença do sindicato de Minas Gerais como uma entidade de tradição na defesa dos direito e anseios da categoria.
A XVIII Plenária da Fenajufe prossegue até neste domingo, 25, quando haverá a finalização da construção do Plano de Lutas e a apresentação dos estudos dos sindicatos sobre o impacto do Processo Judicial Eletrônico (PJe) em seus estados. Acompanhe a cobertura pelo site do SITRAEMG.
Janaina Rochido, de Brasília (DF)
