No último dia 4, foi publicada neste site (leia aqui) carta redigida pelos servidores Dérito Tavares Júnior e Celso Ricardo Barbosa Pinho, da 50ª Zona Eleitoral, de Brasília de Minas, defendendo a união de todos os servidores da Justiça Eleitoral em torno da luta pela aprovação do PCS. O SITRAEMG publica, abaixo, a segunda carta enviada pelos dois servidores, ambos filiados ao Sindicato, e, mais uma vez, estende a convocação feita por eles a todos os servidores do Judiciário Federal, incluindo o colegas da Justiças Federal, Justiça do Trabalho e Justiça Militar. Além disso, reforça a convocação de todos para o Ato Público e AGE a serem realizados nesta quarta-feira, a partir das 12 horas, em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, em Belo Horizonte, para discutir e deliberar sobre a mobilização pela aprovação do PL 6613/2009, que trata da revisão salarial da categoria.
A seguir, a íntegra da segunda Carta dos servidores da 50ª Zona Eleitoral:
“CAROS COLEGAS DE TRABALHO DO TRE/MG, TÉCNICOS E ANALISTAS
Apresentamo-nos, através desta nova carta, perante todos vocês, com o intuito de reafirmar o que foi dito na primeira carta e buscar um consenso em torno daquilo que, segundo nossa visão, é o ponto atual de maior relevância para aprovação do reajuste de nossos salários: A GREVE DOS SERVIDORES QUE LABORAM NA JUSTIÇA ELEITORAL.
Aliás, não seria exagero reconhecermos que, conforme indicam os fatos, seria esta a ÚNICA FORMA para forçarmos o Governo Federal a negociar com os servidores do Judiciário Federal que, HÁ SEIS ANOS, aguardam um reajuste que, simplesmente, emperrou na CFT da Câmara dos Deputados.
Como dito na primeira “carta aos colegas”, estamos com uma defasagem de, aproximadamente, 40% em nossos salários. Outras categorias que exercem funções análogas às nossas estão auferindo rendimentos muito superiores aos dos servidores do Judiciário Federal. A título de exemplo, citamos os servidores da Câmara dos Deputados, do Senado Federal, do Tribunal de Contas da União e, para não nos esquecermos do Executivo, citamos aqui os servidores da Receita Federal. Também, não podemos nos esquecer de que estes mesmos servidores já estão se mobilizando para requererem atualização de seus rendimentos.
Colegas, não podemos mais esperar, passivamente, que o Governo feche um acordo com a Presidência do STF. Essa conversa está ocorrendo desde 2010 e, até o momento, não há nada garantido. Também, não podemos nos esquecer de que a Presidenta Dilma tem tratado o reajuste aos servidores do Judiciário Federal com truculência.
Diante deste quadro, não nos resta alternativa. Somente uma greve EM ANO ELEITORAL poderia fazer com que o Executivo se sentisse obrigado a negociar conosco.
Destacamos que vários colegas de outras Zonas Eleitorais do INTERIOR estão dispostos a pararem seus trabalhos até que seja aprovado o nosso reajuste. Ou seja, não somos apenas nós, servidores da 50ª ZE, que acreditamos na greve como único meio de fazermos frente a esse desrespeito perpetrado pelo Governo Federal. Muitos outros pensam da mesma forma. Porém, para que surta o efeito esperado, deve haver união de todos os servidores. Não adianta apenas alguns servidores paralisarem seus trabalhos e a maioria, por medo de retaliações, não fazer o mesmo.
Lembrem-se: a greve é um direito nosso, garantido constitucionalmente e com respaldo na jurisprudência do STF. Não devemos ter medo de exercer UM DIREITO ainda mais quando estamos sendo forçados a isso.
Todas as categorias fizeram ou estão fazendo greve para conseguirem reajustes. SERÁ QUE SÓ NÓS FICAREMOS PARADOS, ESPERANDO A BOA VONTADE DO GOVERNO FEDERAL?
NOSSO RECADO A CADA UM DOS NOSSOS COLEGAS: PENSE NISSO, FAÇA SUA PARTE, DÊ SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O TÃO ALMEJADO REAJUSTE DOS SERVIDORES DO JUDICIÁRIO.
Dérito Tavares Júnior (Técnico Judiciário) e Celso Ricardo Barbosa Pinho (Analista Judiciário), servidores da 50ª Zona Eleitoral, de Brasília de Minas”
