Com o objetivo de se estreitar os laços com os servidores e coletar dados para elaboração de um boletim específico para os servidores da Justiça Eleitoral, os coordenadores do SITRAEMG, Daniel de Oliveira e Vilma Lourenço se dirigiram ao Centro de Apoio do TRE/MG. Inicialmente a visita foi motivada pelas constantes queixas dos servidores do almoxarifado em relação à proliferação de pombos no local de trabalho. A questão gerava problemas de insalubridade e higiene e representava riscos para o patrimônio e a saúde dos servidores. Felizmente na ocasião da visita o problema já estava sendo resolvido, através do uso de grades de proteção e da limpeza dos telhados.
Os servidores, reclamaram do abandono que o Centro de Distribuição sofre, sendo chamado de “terra dos esquecidos”. Eles relataram que o diretor geral do TRE só visitou o setor uma vez desde a posse, e mesmo assim só para ver as urnas eletrônicas, com pouco interesse sobre as demandas dos servidores que trabalham ali. Apesar de superado o problema dos pombos, os servidores reclamaram da infraestrutura geral do Centro de Apoio, segundo os servidores nos últimos meses 7 funcionários (entre servidores do quadro e terceirizados) contraíram dengue nos últimos meses. Segundo o relato dos servidores, o tribunal não tomou nenhuma providência sobre o fato, que só se atenuou depois que os terceirizados realizaram um mutirão para limpar as calhes e os locais próximos do lote do Centro. Mas segundo os próprios trabalhadores, o problema só será remediado em definitivo caso o tribunal reivindique uma intervenção da prefeitura de Contagem sobre o terreno ao lado do almoxarifado, que está completamente tomado por entulhos e por mato.
Outra reivindicação constante dos servidores tem a ver com a inexistência de um restaurante, cantina ou lanchonete no local de trabalho. O problema é agravado pela localização do centro de distribuição, que não tem nenhum local para alimentação próximo. Os servidores entendem que o processo de licitação é complicado porque a demanda é pequena, entretanto é função do tribunal pensar em soluções para este tipo de impasse. A solução oferecida foi colocar um micro-ondas por setor, o que ameniza o problema, mas não o resolve, porque nem sempre os servidores têm tempo de trazer comida de casa, e não contempla os visitantes, que aumentam em ano eleitoral.
Segundo um servidor filiado, que preferiu não ser identificado, o problema é pior para quem trabalham à tarde, devido ao transito do final de expediente e a falta de segurança de sair à noite do tribunal “se por algum motivo eu esqueço ou não posso trazer meu lanche de casa, tenho pegar o carro e dirigir alguns quilômetros pra chegar a um restaurante ou padaria, e isso sem nenhuma garantia de segurança, pois não existe um posto policial na Rodovia próximo ao Tribunal”, afirmou.
A coordenadora Vilma Lourenço também argumentou que a falta de uma lanchonete no local de trabalho vai além dos problemas com o deslocamento e a decorrente falta de segurança, segundo ela a falta de um local específico para o lanche no local de trabalho faz com que os servidores interajam menos e não convivam comunitariamente no trabalho. Uma sugestão que ficou de ser estudada seria aproveitar o transporte de mercadorias dos cartórios e dos prédios do centro fosse também utilizado para levar lanches aos servidores do Centro de Apoio.
Outra demanda levantada pelos servidores é a falta de caixas-eletrônicos de outros bancos no local de trabalho. O único caixa em funcionamento do Centro de Paio é do Banco do Brasil, que não contempla todos os servidores.
Além de apresentar as demandas os servidores elogiaram a gestão do Sindicato, o serviço de massagem, e questionaram sobre ações do jurídico como os 13,23%, o pró-labore como substituto para os Quintos e sobre o encaminhamento do PL 2648/15 no Congresso. Os diretores esclareceram sobre os pontos e passaram os contatos para que os servidores consultassem diretamente com a Assessoria Jurídica do Sindicato. Os coordenadores também alertaram que nessa conjuntura é necessário lutar não só pela revisão salarial mas para conseguir manter os direitos já conquistados. No final da visita os coordenadores filiaram o servidor Paulino Benevides Mendes que tirou uma foto com os colegas do setor e os diretores do SITRAEMG.
