O SITRAEMG, representado pelos coordenadores Carlos Humberto Rodrigues, Célio Izidoro, Nestor Santiago e Paulo José da Silva, reuniu-se nesta quarta-feira (11) com servidores da Justiça Federal, no auditório do prédio da avenida Álvares Cabras, 1805, em Belo Horizonte, para dialogarem sobre a Greve Geral contra a Reforma da Previdência convocada para a próxima sexta-feira, 14 de junho.
Em um bate-papo bastante animado, os participantes apresentaram suas impressões sobre a proposta de reforma do governo que tramita na Câmara dos Deputados como PEC 6/2019. Um servidor avaliou que a proposta do governo, se aprovada, significará um grande risco para a sobrevivência da própria seguridade social. Ele disse temer diante do fato de que quem tem pouco tempo de ingresso no serviço público, como é o caso dele, a insegurança é tanta que há grandes possibilidades de até não conseguir se aposentar. Ao contrário do que alegam os defensores da reforma, observou outro servidor, o sistema previdenciário é superavitário, mas o governo insiste que as mudanças precisam ser feitas para tampar um suposto “rombo” existente. O interesse com as mudanças, na verdade, é implantar o sistema de capitalização, que não mais será do que a privatização do sistema.
A propósito da capitalização, o coordenador do Sindicato Nestor Santiago lembrou que esse regime previdenciário foi implantado no Chile e só trouxe prejuízos para o trabalhador daquele país. Há, segundo ele, uma pressão dos grandes grupos financeiros europeus que, impossibilitados de ampliarem seus lucros na Europa, procuraram investir em novos mercados como o Chile. Depois de esgotarem seus negócios no país andino, vêm agora com toda ganância para operar no Brasil, ciosos diante da possibilidade de privatização da Previdência.
Nestor também chamou a atenção para a falácia que a fixação da idade mínima (65 para homens e 62 para as mulheres) para a aposentadoria na proposta de reforma em tramitação. Essa idade, de fato, subirá gradativamente de acordo com o aumento da expectativa de vida do brasileiro apontada pelo IBGE.
Os coordenadores do Sindicato e outros servidores ressaltaram a importância do engajamento da categoria na luta contra a Reforma da Previdência e da participação na greve geral da próxima sexta-feira, 14. Uma servidora defendeu a participação massiva dos colegas, argumentando que todos devem raciocinar que a Reforma da Previdência em debate será prejudicial não só para a categoria, mas para toda a população.
Os coordenadores do Sindicato lembraram que a adesão da categoria à greve geral foi aprovada, por unanimidade, na assembleia geral extraordinária realizada no dia 1º de junho.
Ao final, os servidores presentes combinaram de visitarem os colegas nos locais de trabalho da Justiça Federal da capital mineira amanhã (quarta-feira, 12), para reforçarem a convocação para a greve geral.