SITRAEMG presente na largada da Campanha Salarial Unificada dos Servidores Públicos Federais

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Engajado com a Fenajufe, demais sindicatos da base da Federação e entidades sindicais das diversas categorias do serviço público federal, o SITRAEMG participou ontem (quarta-feira, 25), em Brasília(DF), do ato realizado em frente ao Ministério do Planejamento que marcou o lançamento da Campanha Salarial Unificada dos Servidores Públicos Federais de 2015. O SITRAEMG foi representado pelos coordenadores Daniel de Oliveira e Henrique Olegário Pacheco, juntamente com os filiados Fernando Soares Guetti, Rogério Heitor da Silveira, Marco Antônio Nogueira Júnior e Lindon Johnson Oliveira.

No ato, os servidores manifestaram a indignação que é de toda a classe trabalhadora do país com o governo federal. Depois de adotar uma política irresponsável de desoneração de impostos que passava para a população cujos efeitos passavam uma falsa imagem de “céu de brigadeiro” na situação econômica do país, a presidente Dilma reelegeu-se para o cargo, com percentual mínimo de votos de diferença em relação ao seu adversário no segundo turno, e, antes mesmo de tomar posse já dava sinais de traição à classe trabalhadora, nomeando como titulares dos principais ministérios figuras de perfil conservador e contrários às políticas de desenvolvimento social do país. Depois de tomar posse, promoveu mudanças na previdência dos trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos utilizando, de forma inédita, medidas provisórias em lugar de emendas constitucionais, como ocorria entes em alterações na previdência, para repor pelo menos um pouco, e com a maior urgência, o combalido caixa do governo. E foram as duas MPs (664 e 665), que restringem os valores e o direito à pensão vitalícia por morte, abrem caminho para a privatização da perícia médica do INSS e tornam mais difícil o acesso ao seguro-desemprego para os trabalhadores do setor privado, um dos alvos dos discursos inflamados do ato de ontem. O servidores exigem a revogação das MPs, pois já perderam com as reformas anteriores, principalmente as aprovadas nos governos petistas (EC 41/2003), na era Lula, e o Funpresp (previdência complementar), no primeiro mandato da atual presidente.

Mas a pauta de reivindicações dos SPFs é muito mais ampla. Eles querem reajuste linear de 27,3%, data-base, direito de negociação coletiva, paridade entre ativos e aposentados, retirada de inúmeros projetos prejudiciais aos servidores em tramitação no Congresso Nacional, fim das privatizações e terceirização. Cobram, por fim, respeito a esses trabalhadores que se dedicam ao serviço público e contribuem para o desenvolvimento do País, que só não se efetiva porque metade da arrecadação anual é destinada ao pagamento somente dos juros da dívida e outra grande parte se perde nos desvios de recursos na máquina do governo e esquemas de corrupção que se alastram pelo Executivo, com o Mensalão e o Petrolão, fruto das alianças espúrias travadas ao longo de décadas para o revezamento ou permanência no poder partidos políticos que não têm qualquer compromisso com a sociedade brasileira, mas apenas com suas estruturas e seus membros.

Os pleitos dos servidores estão na extensa pauta de reivindicações que os manifestantes tentaram entregar ao ministro do Planejamento, Nelson Barbosa. Mas a decisão do governo foi de não dialogar com os trabalhadores durante a manifestação e, apesar de estar no prédio no momento do ato, o ministro não recebeu os servidores.

Barbosa manteve para o dia 20 de março a reunião com o Fórum de Entidades Nacionais de Servidores Públicos Federais para só então “abrir as negociações”, segundo informação da assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, conforme publicada pela Agência Brasil.

O coordenador Daniel de Oliveira, um dos integrantes da caravana de Minas presente, lamenta apenas a presença ainda tímida dos servidores. Mas ele espera que, com o entusiasmo dos que estiveram presentes, os outros se contagiem e compareçam em peso nas próximas atividades da mobilização unificada dos servidores públicos federais e fortaleça a luta, para que as conquistas naturalmente venham a acontecer.

Pauta de reivindicações dos SPFS:

1 – Politica salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias

2 -Índice linear de 27,3%

3 – Data-base 1 de maio

4 – Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT)

5 – Paridade Salarial entre ativos e aposentados

6 – Retirada dos projetos do congresso nacional que atacam os direitos dos servidores;

7 – Aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores

8 – Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes.

9 – Anulação reforma da previdência realizada através da compra de votos dos parlamentares.

  1. Extinção do fator previdenciário
  2. Incorporação de todas as gratificações produtivistas
  3. Fim da terceirização que retira direito dos trabalhadores.
  4. Concurso público pelo RJU.
  5. Combate a toda forma de privatização.
  6. Pela aprovação da PEC 555/06 que extingue a cobrança previdenciária dos aposentados
  7. Pela aprovação do PL 4434 que recompõe as perdas salariais.
  8. Regulamentação da jornada de trabalho para o máximo de 30 horas para o serviço público, sem redução salarial.
  9. Pec 170/2012 – aprovação de aposentadoria integral por invalidez.
  10. Liberação de dirigentes sindicais com ônus para o estado, sem prejuízo as promoções e progressões na carreira.
  11. Pela revogação do FUNPRESP e da EBSERH

 Fotos ao ato em frente de ontem DSC00302 IMG-20150225-WA0000

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