O Sitraemg solicitou a inclusão de rubrica no Orçamento de 2022 com previsão de verba destinada à reposição salarial dos servidores do judiciário federal.
O pedido foi formalizado por meio de ofício encaminhado ao deputado Hugo Leal (PSD/RJ), nesta terça-feira (21). Leal é o relator do PLN 19/2021, que trata do Orçamento de 2022 e aguarda votação na Comissão Mista do Congresso Nacional.
O pleito baseia-se, inicialmente, na defasagem salarial da categoria que vem desde 2006, quando entrou em vigor a lei 11.416/2006. De lá até 2016, houve duas reposições – a última através da lei 13.317/2016. Porém, em índices bem aquém da “corrosão inflacionária” do período.
O sindicato argumentou que, somando-se à inflação acumulada de 2016 a 2021, que ultrapassa os 48%, de acordo com a taxa Selic, “a defasagem provoca ainda mais agravos”.
Alegou, ainda, que a concessão de reposição salarial aos servidores do PJU é também uma forma atender ao princípio da isonomia e de corrigir injustiças. Explicou que a lei a Lei de Diretrizes Orçamentárias já contém autorização específica para aumentos de remunerações. Contudo, restringem-se a algumas poucas categorias de interesse do governo federal.
O Sitraemg recorreu, por fim, a uma jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Segundo tal jurisprudência, a correção monetária “não se constitui em um ‘plus’, senão em uma mera atualização da moeda, aviltada pela inflação, impondo-se como um imperativo da ordem jurídica, econômica e ética (…)”.
O coordenador do Sitraemg Alexandre Magnus lembra que a grande maioria das categorias de servidores está com salários congelados há mais de cinco anos. Para ele, deve haver mobilização, caso esse aumento venha a ser efetivado apenas para alguns segmentos. “Entendo que, se persistir essa imoralidade, teremos que fazer uma grande greve geral, por tratamento igualitário, no início de 2022”, propõe.
Assessoria de Comunicação
SITRAEMG