O coordenador geral do SITRAEMG Carlos Humberto Rodrigues, a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, a coordenadora da Frente Mineira em Defesa da Previdência, Ilva Lauria, e representantes do Sindifisco Nacional, Central Única dos Trabalhadores (CUT) e diversas outras entidades sindicais e associativas, acompanharam ontem (quarta-feira, 13), no Senado, o debate sobre “Conjuntura política atual e definição de estratégias diante do anúncio recente do Governo Temer em retomar a maldosa Reforma da Previdência Social”, promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência. Os trabalhos foram conduzidos pelo senador Paulo Paim (PT/RS), e pelo deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP), que lideraram a criação da Frente, no início do ano passado.
Coordenador do SITRAEMG Carlos Humberto Rodrigues, com Ilva Lauria (Frente Mineira), Maria Lúcia Fatorelli (Auditoria Cidadã da Dívida) e o senador Paulo Paim
Durante o debate, o coordenador do SITRAEMG também se manifestou e, lembrando que, ele e o também coordenador Henrique Olegário Pacheco estiveram no Senado, no primeiro semestre deste ano, na vigília e votação da reforma trabalhista, quando perceberam o “teatro” que foi formado para manipular a votação pela aprovação do projeto. Rodrigues também lamentou o estado de “letargia” em que se encontra a sociedade diante de tantas medidas aprovadas pelo governo Temer contra os trabalhadores e demais cidadãos brasileiros. Por fim, lembrou que está sendo proposta, pelo senador João Capiberibe (PSB/AP), uma Proposição de Emenda à Constituição (PEC) que visa impedir que o governo edite Medidas Provisórias para modificar as regras previdenciárias – salvo para ampliar ou assegurar benefícios – em caso de insucesso dessas mudanças através da PEC 287/16.
Ouça a fala de Carlos Humberto Rodrigues:
A seguir, o relato do coordenador do SITRAEMG sobre a audiência pública:
“O senador Paim, no início, requereu a fala dos representantes da CUT quanto à possibilidade de realizar atos nacionais conjuntos pelas centrais sindicais.
A manifestação dos representantes dessa central foi no sentido de que hoje é enorme a dificuldade de realizar atos nacionais muito por conta de dificuldades financeiras vividas pelas entidades sindicais em vista de diversos fatores, incluindo a questão da extinção do imposto sindical na reforma trabalhista.
Salientou ainda que as audiências públicas não têm surtido muito efeito porque não há presença da base governista e o debate em si fica prejudicado.
Sugeriu que as audiências sejam realizadas nos estados e municípios a fim de alavancar a participação popular.
Falas de outras entidades giraram em torno da denominada reforma desidratada, isto é, a modificação de assuntos previdenciários específicos por meio de medidas provisórias.
A opinião geral verificada é, de qualquer modo, de que a reforma é prejudicial aos trabalhadores e não merecem nenhum apoio.
Analisada a questão da letargia da população em relação à luta contra a reforma da Previdência, em vista dos enormes prejuízos que ela causa.
Comentários como descrença nas instituições nacionais, nos poderes constituídos, foram comuns na audiência, sendo este um quadro a ser modificado, principalmente, com uma comunicação mais eficiente para levar a correta informação à sociedade, combatendo a grande mídia, com os meios disponíveis (audiências, redes sociais etc.).
Ao final, foi encaminhada a realização de atos e audiências públicas nos municípios e estados, chamando a população para o debate e para a luta contra as reformas e projetos que prejudicam os trabalhadores”.