SITRAEMG marca presença na Marcha Nacional pelos direitos dos trabalhadores

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Faixas, bandeiras, balões e alegorias deram um colorido especial à Esplanada dos Ministérios na última quarta-feira, 15 de agosto. Cerca de 20 mil pessoas, de vários estados do país, participaram da Marcha Nacional contra a retirada de direitos dos trabalhadores, organizada pela CUT. Os manifestantes caminharam do Museu Nacional até o Congresso Nacional para protestar contra projetos como o PLP 01/07, a PEC 02/03, o anteprojeto de regulamentação da greve no serviço público e o PLP 092/07, das fundações estatais. O SITRAEMG também participou da marcha, representando os trabalhadores do Judiciário Federal em Minas Gerais. Na terça-feira, dia 14 de agosto, um ônibus com 28 pessoas saiu do Sindicato rumo à Brasília. A presidente Sônia Peres e os diretores, José Francisco Rodrigues, Áurea Parreira, Rosarlete de Assis Roedel e Artalide Lopes Cunha acompanharam a caravana.

De acordo com dados da Fenajufe, os sindicatos do Judiciário Federal e do MPU foram representados por cerca de 100 pessoas. A diretoria da Fenajufe marcou presença através dos coordenadores Roberto Policarpo, Lúcia Bernardes (que também integra a Diretoria Executiva do SITRAEMG), Sheila Tinoco, Pedro Aparecido, Jacqueline Albuquerque, José Carlos Oliveira, José Ribamar e Joaquim Castrillon. Também participaram professores, bancários, metalúrgicos, urbanitários, rodoviários, trabalhadores da área da saúde e da educação, previdenciários e servidores do Executivo, com destaque para as categorias em greve, como Ibama, Ministério da Cultura, Ministério da Justiça, Incra e universidades federais.

“Concluímos esta manifestação em frente ao Congresso plenamente vitoriosos, com a CUT aliando negociação à organização e à mobilização para garantir conquistas. Reunindo mais de 20 mil companheiros e companheiras, esquentamos os tambores para as campanhas salariais do segundo semestre e para a nossa grande marcha do final de ano. Revigoramos nossas energias, demonstramos poder de convocação e reafirmamos nossa independência e autonomia para pressionar os patrões e o governo com o objetivo de afirmar a nossa pauta sobre a agenda dos perdedores das últimas eleições”, afirmou o presidente da CUT, Arthur Henrique, durante sua fala de encerramento do ato.

Para João Felício, diretor da CUT nacional, todos os setores profissionais devem lutar e ousar em suas ações. “Eu acho que quando se esgotam todas as formas de negociação, a única saída que temos é ir para as ruas e para a greve. Eu ainda acredito que seja possível obter uma vitória estrondosa no Congresso Nacional pela retirada de dispositivos como o PLP 01, que para mim é uma coisa absurda. Como pode uma categoria, como o funcionalismo público federal, já saber de antemão que não receberá reajuste adequado pelos próximos dez anos?”, questionou João Felício.

O diretor da CUT também considerou a possibilidade de restrição do direito de greve inaceitável. “O exercício da greve é uma forma de luta espetacular de todos os trabalhadores. E não vamos aceitar que um projeto dessa natureza seja aprovado pelo Congresso Nacional”, disse Felício, se referindo ao anteprojeto da AGU, que restringe o direito de greve no serviço público.

Abaixo assinado contra as fundações estatais
Antes da fala de encerramento de Arthur Henrique, parlamentares como as senadoras Ideli Salvati [PT/SC] e Fátima Cleide [PT/RO]; e os deputados Iram Barbosa [PT/SE], Jô Moraes [PCdoB/MG], Daniel Almeida [PCdoB/BA] e Tarcísio Zimerman [PT/RS] saudaram os manifestantes, dando total apoio à luta contra a retirada de direitos.

Representantes da Condsef e da Fasubra, entidades com a base em greve, deram os informes de como estão as negociações com o governo federal. Luiz Henrique, da Fasubra, informou que a entidade está circulando um abaixo assinado para coletar apoios contra o PLP 092, que cria as fundações estatais de direito privado no serviço público.

“Os servidores das universidades federais estão em greve não só pelo cumprimento de acordos pelo reajuste da tabela salarial, mas principalmente contra a fundação estatal de direito privado. Somos 45 hospitais universitários que dão sustentação ao SUS e o problema maior que enfrentamos hoje com a crise nos hospitais é a falta de financiamento e não de gerenciamento”, disse o dirigente da Fasubra. Na sua avaliação, a criação das fundações e a desvinculação dos hospitais das universidades significarão empregar o setor privado em todo o sistema de saúde.

Fonte: Fenajufe

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