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SITRAEMG manifesta apoio à mobilização dos caminhoneiros, que ameaçam parar novamente as estradas se o governo não se dispuser a negociar de fato as reivindicações da categoria

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O Brasil, definitivamente, não é o mesmo desde as manifestações populares de junho de 2013 que transportaram para as ruas toda a insatisfação da população em relação aos sucessivos governos que só fazem aumentar a arrecadação e, em meio aos desvios de recursos e esquemas de corrupção, deixam de oferecer serviços públicos de qualidade e a preços acessíveis aos cidadãos. De lá pra cá, espalharam-se, por todo o país, mobilizações reivindicatórias de todo tipo, com greves e mais greves por mais conquistas sociais e preservação de direitos, e, por último, manifestações pela moralidade na administração pública, diante do envolvimento de tantos membros do governo e de parlamentares dos partidos de sua base em esquemas de corrupção, como o que se vê no caso da Petrobras, que desviam milhões dos cofres públicos.

Insatisfação que, infelizmente, leva a população a uma grande “descrença” e “indignação” com a classe política do país, agravadas diante das medidas adotadas pelo governo Dilma, depois de eleita para seu segundo mandato, atacando fortemente a classe trabalhadora, em geral, e o funcionalismo público federal – incluindo os servidores do Judiciário Federal -, que amarga uma defasagem salarial de quase uma década.

Mas o trabalhador não deve pagar por uma dívida que não é dele. É na defesa dessa convicção que o SITRAEMG tem se articulado com as demais categorias do funcionalismo público federal, que poderá culminar em uma greve unificada e forte ainda neste semestre. E é também com esse espírito de indignação que manifesta seu apoio ao movimento grevista dos caminhoneiros, uma categoria praticamente ficou imobilizada de trabalhar com o aumento abrupto dos combustíveis, e em especial do óleo diesel, determinado pelo governo federal. Eles, como de resto todos os trabalhadores de modo geral e os servidores públicos, só querem, além de salários decentes, condições dignas de trabalho.

Dia 26 tem nova reunião com o governo

Depois de 13 dias de greve, iniciada no dia 28 de fevereiro, caminhoneiros de todo o Brasil aguardam mais uma reunião com o governo federal na tentativa de um acordo acerca do preço do frete e outros itens. O encontro está previsto para o próximo dia 26, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, quando serão apresentadas propostas para o aumento do preço do frete.

Depois de duas reuniões realizadas com Rossetto, nos dia 4 (dia da suspensão da greve e realização de um buzinaço na Esplanada dos Ministérios, em Brasília –DF), e 10 de março, os caminhoneiros se preparam para apresentação de propostas por melhores condições de trabalho. O grupo de trabalho é formado por caminhoneiros, empresários e o governo.

A primeira reunião daquele grupo foi realizada no último dia 10, na ANTT – Associação Nacional dos Transportes Terrestres -, e Miguel Rossetto propôs a criação de três subgrupos para debater, além da formatação do preço referencial do frete, a regulamentação de pontos da Lei do Caminhoneiro e uma agenda regulatória, como valor de pedágio e reajuste no preço do diesel. Os subgrupos teriam 15 dias para discutir individualmente esses três pontos e elaborar um relatório a ser apresentado no próximo dia 26.

Categoria com um pé atrás em relação ao Planalto

Contudo, segundo informações do Blog do Caminhoneiro, a categoria não ficou muito satisfeita com o encaminhamento da reunião e avisa que pode voltar a realizar manifestações nas rodovias. Segundo o Blog, os grupos de trabalho irão estudar questões da Lei dos Caminhoneiros, como os locais de parada para descanso e a revisão do marco regulatório do transporte de cargas. E o que querem na verdade, e de imediato, é uma revisão do preço do frete e a redução do preço dos combustíveis. “O governo que criou o problema, que dê um jeito de baixar o combustível, tirando o imposto ou de outra forma”, diz Vilmar Bonora, um dos líderes do movimento, informando que 20 lideranças dos três estados do Sul do Brasil já avaliam novas medidas.

A negociação do dia 10 fez parte da promessa apresentada pelo governo aos motoristas de caminhão para que fossem suspensos os bloqueios que paralisaram, no mês passado, as rodovias de vários estados brasileiros. Na lista de reivindicações do movimento está a redução do PIS/Cofins sobre o óleo diesel, a abertura de linha de crédito para o transporte autônomo, o perdão de multas, notificações e processos judiciais aplicadas durante a paralisação e mudanças na lei permitindo mais horas de trabalho por dia para aumentar os ganhos.

 Apoio parlamentar        

Com a insatisfação dos caminhoneiros em relação à reunião do dia 10 de março, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, avaliada por aqueles trabalhadores como um encontro de muita conversa sem nenhum resultado prático, buscam apoio de parlamentares comprometidos com suas lutas. Estes deputados tentarão atuar paralelamente às negociações já em andamento com o governo, levando a mobilização para dentro do Congresso, com o objetivo de acelerar uma solução já para os próximos dias.

Com informações da Agência Brasil e do Blog dos Caminhoneiros

                            

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