Centenas de servidores públicos, federais, estaduais e municipais, do Distrito Federal e de quase todos os estados, participaram das atividades de mobilização dessa terça-feira (3), em Brasília (DF), contra a PEC 32/2020, da Reforma Administrativa. Caravana do Sitraemg também esteve presente, composta pelos coordenadores Isaac Raymundo de Lima (JF), Paulo Jose da Silva (TRT-aposentado) e Rosimare Alves Ribeiro Petitjean (TRT), além dos também filiados Diva Guimaraes Lage (JF), Wallace Marques Coelho (JF), Jordana Marcia Neves Pereira (TRT) e Orlando Pedro Souto Ferreira (TRE).
As atividades fizeram parte do calendário de luta contra a PEC 32/2020 aprovado na semana passada, no Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público, e também da construção da greve conjunta marcada para 18 de agosto.
Os manifestantes se concentraram por volta do meio-dia, em Frente ao Museu Nacional. De lá, seguiram em passeata pela Esplanada dos Ministérios, até a Praça dos Três Poderes, com faixas e discursos de protestos contra a proposta do governo. As faixas estendidas pelo Sitraemg denunciavam: “A Reforma Administrativa acaba com o SUS e a escola pública”, “A Reforma Administrativa coloca em risco o serviço público” ou “A Reforma Administrativa acaba com o serviço público”.
Em ato em frente ao Congresso Nacional, sindicalistas alertaram a população que o objetivo da reforma é transferir para exploração dos já endinheirados da iniciativa privada, e principalmente os aliados do governo, os serviços hoje prestados gratuitamente à população. Se for aprovada, as pessoas mais necessitadas terão serviços de péssima qualidade, já que não poderão pagar pelos que serão oferecidos a preços exorbitantes pelo mercado.
Os sindicalistas também protocolaram, na Câmara, o manifesto contra a PEC 32 lançado ao final do Encontro Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público, na semana passada. A expectativa era de entregar o documento diretamente ao presidente da Casa, Arthur Lira (PP/AL). Mas ele se recusou a receber os trabalhadores, depois de ter participado de seminário voltado para empresários, promovido pelo jornal O Estado de São Paulo, juntamente com o relator da PEC 32/20 na Comissão Especial, Arthur Maia (DEM/BA), um representante do Ministério da Economia (Caio Paes de Andrade), o presidente da CNI (Robson Andrade) e outra consultoria em gestão Oliver Wyman (Ana Carla Abrão).
“Atores” da política antiestado
A Oliver Wyman é uma empresa norte-americana de gestão com mais de 60 escritórios espalhados pela América do Norte, Oriente Médio, Europa, Ásia-Pacífico e no Brasil. Ao lado do Instituto Millenium, poderoso escritório de advocacia encarregado de prestar consultoria e ditar políticas de governos, a Oliver Wyman, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e outros organismos internacionais vinculados ao sistema financeiro são algumas das instituições que mais exercem pressão sobre o legislativo para que aprove propostas neoliberais como a Emenda 95, do congelamento de gastos públicos, as reformas trabalhista e previdenciária, e agora a Administrativa.
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