Uma programação especial esperava os participantes do ato público de ontem (12), em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, em Belo Horizonte. Reunidos para protestar pela demora do governo em aprovar o PL 6613/2009, do reajuste salarial dos servidores do Judiciário Federal, os manifestantes foram convidados para, logo após o ato, rumar para o centro da Capital e marchar junto a diversas entidades em manifestação contra as políticas neoliberais dos governos municipal, estadual e federal.
Após as boas vindas do coordenador executivo do SITRAEMG, Paulo Márcio Santos, a coordenadora-geral Lúcia Maria Bernardes falou da programação prevista para esta semana em Brasília – onde haverá ato público nacional na quarta-feira (14) – e relembrou o ato público que será realizado em Belo Horizonte na Justiça Federal, dia 15, quinta-feira, quando também será feita uma assembleia para deliberar sobre os rumos da mobilização em Minas (veja aqui o Edital). Lúcia também fez novo alerta aos colegas que ainda trabalhavam para que aderissem à greve: “vocês que não querem fazer greve verão a diferença no início do ano, com todos os impostos subindo enquanto seu salário não teve nenhum aumento”.
Após a leitura dos habituais informes sobre a mobilização – como a crença de Alcides Diniz, diretor geral do STF, na aprovação do PCS ainda este ano (leia aqui) -, o servidor do TRT e membro do Conselho Fiscal e do Comando Estadual de Greve, Luiz Fernando Rodrigues, dirigiu a palavra aos colegas para pedir que eles não se deixem abater. Além disso, Luiz chamou a atenção para a exploração excessiva da mão de obra dos servidores públicos e pediu aos colegas para, em coro, entoarem a frase: “você aí parado / também é explorado!”.
Pressão nos parlamentares e resistência
Os coordenadores do SITRAEMG vêm participando ativamente das atividades em Brasília, como o Comando Nacional de Greve e as visitas a parlamentares. Sobre isso, o coordenador- geral Hebe-Del Kader falou sobre o encontro informal com o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) e com o senador Clésio Andrade (PR-MG), em um restaurante de Belo Horizonte. A situação é delicada: Reginaldo Lopes, segundo Hebe-Del, disse que o governo não quer conceder nenhum reajuste ao funcionalismo e tampouco quer que o projeto seja votado. O deputado, que é da base governista, teria dito ainda que somente em 2013 o governo pensaria em aumento.
Mesmo com todos esses percalços, Hebe-Del disse que a categoria não deve perder a esperança e deve comparecer a Brasília com garra e com vontade para que tudo dê certo. Os sindicalistas também pediram aos servidores para acessar a página do SITRAEMG, onde há links para enviar cartas aos ministros do Supremo Tribunal Federal – STF e aos parlamentares da Comissão de Finanças e Tributação – CFT e da Comissão Mista de Orçamento – CMO.
Ao final do ato, antes de embarcarem no ônibus que os levariam à Praça Sete de Setembro, de onde sairia a manifestação do movimento Fora Lacerda, Marcelo D’Agostini, ex-militante do Sindicato dos Bancários e um dos coordenadores do “Fora Lacerda”, saudou os servidores em greve e manifestou solidariedade à categoria em nome das entidades que compõem o movimento. “Nunca [os movimentos sociais e trabalhadores] tivemos apoio [da mídia e do governo] mas a possibilidade de vitória nunca foi descartada”, disse, incentivando os servidores a persistirem.
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Veja aqui algumas fotos do ato:
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