Servidores enfrentam a ansiedade ante a espera da decisão de Dilma sobre o PLC 28/15 com mais um ato e passeata em BH

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Na última atividade do movimento grevista em Minas antes da tão esperada decisão da presidente Dilma (sanção ou veto) sobre o PLC 28/2015, os servidores do Judiciário Federal em realizaram mais um ato público, seguido de passeata, na tarde desta terça-feira, 21, em Belo Horizonte. Os grevistas se concentraram em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso e, de lá, seguiram, liderados por carro de som e cantando marchinhas com letras do movimento, rumo ao prédio da Justiça Federal.  Durante todo o trajeto da passeata, os coordenadores Célio Izidoro e Sandro Luis Pacheco revezaram-se ao microfone pedindo desculpas à população pelos transtornos da greve e da interrupção do trânsito, mas esclarecendo os motivos do movimento paredista: a categoria não tem data-base; a defasagem salarial de mais de nove anos, com perdas inflacionárias de mais de 70%; a intransigência do governo Dilma; a omissão de Lewandowski .

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Ainda em frente ao prédio do TRT, a servidora Mônica, da Justiça do Trabalho, comemorou. “São 33 VTs (das 48 de BH) com balcões fechados e sem audiências. Alguém já viu fechar balcão para a greve em Minas?”, perguntou. E todos responderam: “Não!” “É uma greve histórica em Minas. E tem juiz trabalhando sozinho”, completou Mônica, pedindo uma salva de palmas para todos os colegas que aderiram ao apagão de hoje. Célio Izidoro parabenizou também os colegas das outras Justiças e do interior que estão participando da greve e dos apagões. E Sandro Pacheco destacou a passeata realizada ontem em Governador Valadares, que contou com a presença do coordenador do SITRAEMG Dirceu dos Santos e do diretor de base Luiz Fernando Rodrigues Gomes.  “Seja qual for o resultado (sanção ou veto do PLC 28/15), temos que ficar mobilizados. O mais importante é construirmos uma unidade, com os servidores falando a mesma língua, assim como os comandos estaduais e nacional”, alertou Célio Izidoro, que de vez em quando recebia informes de Brasília, pelo aplicativo WhatsApp, de que, apesar do sol “rachando”, os colegas de vários estados, incluindo Minas, participavam com entusiasmo do ato nacional na Praça dos Três Poderes.

Já em frente ao prédio da Justiça Federal, o diretor de base David Landau teceu algumas considerações sobre a greve, que hoje completou 42 dias. “Não somos os mesmos de antes do dia 10 de junho, quando a greve começou. A greve é um aprendizado. Foi a primeira que fizemos usando também o WhatsAPP. Greve é uma troca de emoções. Nossa greve é pacífica, mas é também uma guerra. Guerra contra esse governo que testa nossa paciência, que não gosta de servidor. Na greve, pudemos aprender a articular, a discutir junto com o comando”, analisou. “Torcemos por um bom resultado hoje. Mas, se não for, vamos voltar a fazer uma greve ainda mais forte”, propôs.

O também diretor de base Nestor Santiago, servidor da Justiça Federal, afirmou que, apesar do cansaço físico e emocional trazido pela greve, ainda tem fôlego, porque, na sua opinião, nunca houve uma greve da categoria nesse nível. “É a maior greve de todos os tempos, que vai ficar para a história”, apostou.

O coordenador do Sindicato Célio Izidoro lembrou a todos que a greve continua. A deliberação sobre os fumos do movimento será nesta quarta-feira, 22, em assembleia geral extraordinária a ser realizada em frente ao prédio da Justiça Federal da Avenida Álvares Cabral, 1.741, bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte. A concentração será às 12 horas e a AGE terá primeira chamada às 13 horas e segunda chamada às 13h30. Célio ressaltou que a greve faz parte da vida do trabalhador. “Enquanto vivermos em uma sociedade em que uma minoria quer ganhar mais do que os outros, vamos continuar resistindo. A greve é nosso direito e o único instrumento de pressão de que dispomos”, afirmou, lembrando que Dilma não é a única inimiga dos servidores do Judiciário. Lewandowski também o é. “Daqui para frente, temos que refletir, fazer um enfrentamento com o chefe do Poder Judiciário”, convocou. “Essa greve vai ficar para a história”, reforçou.

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