Servidores do Judiciário Federal que permanecem em Brasília esta semana, depois da mobilização no Congresso Nacional pela derrubada do Veto 26/15 (veto ao PLC 28/15), reforçam a Marcha Nacional dos Servidores Públicos Federais que ocorre na manhã desta quinta-feira, 27, em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). Os manifestantes defendem a pauta de reivindicações comuns da várias categorias do funcionalismo público federal: 1) Política salarial permanente com correção das distorções e reposição das perdas inflacionárias; 2) Índice linear de 27,3%; 3) Data-base 1º de maio; 4) Direito de negociação coletiva (convenção 151 OIT); 5) Paridade Salarial entre ativos e aposentados; 6) Retirada dos projetos do congresso nacional que atacam os direitos dos servidores; 7) Aprovação imediata dos projetos de interesse dos servidores; 8) Isonomia salarial e de todos os benefícios entre os poderes.
Calcula-se a presença de cerca de 5 mil servidores. De Minas, participam a coordenadora do SITRAEMG Vilma Oliveira Louranço, o diretor de base David Landau e os servidores Marco Aurélio, Varlei Santos, Adriana Araújo, Geraldo Camilo, Adriana Mesquita, Mário Lúcio Gariba e Lucrécia Barros (aposentada). Do Judiciário Federal, também estão presentes representantes da Fenajufe, Sintrajud, Sintrajurn, Sindjus/DF e outros sindicatos. De outras categorias, representativas dos professores, estudantes e técnicos da Educação (Andes-sn, Fasubra, sindsef, ANEL), servidores da previdência social, da saúde (Fenasp, Sindsprev), entre diversos outros sindicatos regionais e as Centrais Sindicais CUT e CSP-Conlutas.
O jornalista Diego Franco, da assessoria de comunicação do SITRAEMG, também acompanha a marcha. Segundo ele, no carro de som, os representantes das entidades que se revezam ao microfone denunciam as prioridades do governo centradas em medidas que visam a garantir o êxito do famigerado ajuste fiscal. Enquanto impõe o arrocho salarial trabalhadores o arrocho salarial, o continua fomentando o grande empresariado e os banqueiros, que, apear da crise, batem recordes de lucros. Quase metade do orçamento da União, lembram os sindicalistas, é destinado ao pagamento dos juros e amortização da dívida pública. Uma dívida que nunca passou por uma auditoria, embora isto esteja previsto na Constituição Federal.
Os manifestantes também reforçam a necessidade de se buscar a unidade dos servidores públicos federais que tenham pautas comuns, como a luta pelo direito à data-base, jornada de 6 horas e contra a terceirização e as privatizações. A terceirização, aliás, avança a passos largos no setor de saúde e já contamina a maior parte do ensino superior brasileiro, e pode afetar também outros setores, como o próprio judiciário, caso não haja a unidade para conter esse avanço.