Os servidores do Judiciário Federal estão convocados para o ato que será realizado na quarta-feira, 3 de agosto, às 13 horas, em frente ao prédio da Justiça Federal da avenida Álvares Cabral, 1.803, bairro Santo Agostinho, Belo Horizonte.
A atividade faz parte das mobilizações da paralisação de 48 horas da categoria, nos dias 2 e 3, pela recomposição salarial. Ela foi deliberada pela assembleia realizada nesta terça-feira, dia 2.
Para manter aquecida a mobilização, a assembleia aprovou a realização de ato setorial por tribunal a cada semana, às quartas-feiras, com início no dia 10, pelo TRE-MG.
Todas as quartas-feiras os servidores e as servidoras irão trabalhar vestidos(as) com camiseta do sindicato exigindo a valorização da categoria.
A peça será fornecida gratuitamente pela entidade. Interessados podem solicitá-la pelos telefones (31)4501-1500 e 0800.283.4302.
Todos juntos contra o desmonte dos serviços públicos
No ato de terça-feira, 2 de agosto, os servidores ressaltaram a necessidade da luta pela recomposição salarial da categoria.
A categoria está pressionando o Supremo Tribunal Federal a enviar o projeto da recomposição ao Congresso Nacional. Os (as) servidores (as) também reivindicam que os recursos necessários à sua implementação a partir de 2023 sejam garantidos no orçamento do Poder Judiciário do ano que vem.
Nas falas dos presentes, foi bastante alertado que o congelamento dos salários é uma das estratégias do governo federal de desmonte dos serviços públicos.
Os coordenadores do sindicato David Landau e Nelson da Costa Santo Neto salientaram que essa estratégia também está presente em ações do Poder Judiciário.
Eles exemplificaram com o corte de FCs das varas trabalhistas e do vínculo por residência jurídica, no TRT3, e na instalação do TFR-6 sem a criação de cargos, na Justiça Federal.
Além disso, há a imposição de pesadas metas pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e a insegurança sobre os servidores da Justiça Eleitoral. Eles estão organizando as eleições deste ano em meio às ameaças à democracia e a ataques à urna eletrônica e ao sistema eleitoral.
A servidora da Justiça do Trabalho Mônica Coimbra se disse inconformada com a resistência dos colegas em participarem da paralisação. E chamou a atenção para o processo acelerado de terceirização nos tribunais. Ela disse que, na Justiça do Trabalho, a contratação sem concurso público amplia-se a cada dia nas áreas-meio. Mas já tem observado que, na Justiça estadual, essa prática já chegou também às áreas-fim.
Também esteve presente o coordenador Helder da Conceição Magalhães Amorim.
Participando de forma virtual, o coordenador geral do Sitraemg Lourivaldo Duarte, que é servidor da Justiça Federal em Divinópolis, parabenizou os colegas presentes no ato e os que estão nas mobilizações em Brasília. Ele ressaltou a importância das caravanas. Como elas normalmente são cansativas, defendeu a necessidade de mais servidores participarem e se revezarem.
Em Brasília, recado contra o desmonte
Falando direto de Brasília, o coordenador geral Paulo José da Silva, que integra a caravana do sindicato que se encontra nas mobilizações na capital federal, informou que, nas mobilizações no aeroporto e na Praça dos Três Poderes, os servidores estão deixando bem claro que não vão aceitar as políticas de desmonte dos serviços públicos.
“É preciso que os servidores entendam o que está acontecendo, e que se engajem na luta”, convocou.
Já o filiado Gilson Martins, servidor da Justiça Federal em Paracatu, reforçou: “Temos que nos unir. Se não fizermos isso, caminharemos para a terceirização. Teremos nossos direitos perdidos”. Gilson também integra a caravana em Brasília.
União para o fortalecimento das lutas
Um grupo de servidores de Nova Lima que participou da paralisação esteve no ato em Belo Horizonte. A filiada Suely de Fátima Dias explicou que decidiu cruzar os braços e participar da mobilização em razão das dificuldades vividas pela categoria, com a defasagem salarial e a desvalorização da Justiça do Trabalho.
Fazendo um chamado aos colegas para a luta, ela lembrou que “não tem outra forma de luta que não seja a coletiva”. “Se a gente se unir, a gente se fortalece enquanto categoria”, completou.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg
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