A mobilização dos servidores do Judiciário Federal em Minas Gerais pela aprovação do PL 6613/2009, que revisa os salários da categoria, prossegue na manhã desta quinta-feira, dia 5, em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais, em Belo Horizonte e em diversas cidades do interior. Dezenas de servidores estão concentrados e permanecerão durante todo o dia, que é o último para o registro de candidaturas para as eleições de 2012. Entre as 12h e 14h, haverá Ato Público e Assembleia também em frente aos cartórios.
Segundo informações colhidas nos cartórios, poucos partidos já registraram seus candidatos – assim, espera-se grande movimento para esta tarde. Pela manhã, os candidatos que vieram foram recebidos com muito barulho de apitos e buzinas, além de palavras de ordem condenando as atitudes do governo Dilma e os partidos que apóiam a posição intransigente do Planalto. Frente ao barulho dos manifestantes, imprensa e demais presentes no momento ao TRE foram obrigados a se retirarem da frente do prédio.
Ao microfone, o coordenador executivo do SITRAEMG Hélio Ferreira Diogo saudou os presentes e chamou a atenção para uma lista de direitos dos servidores já retirados pelo governo Dilma, dentre eles, a perda da paridade e da integralidade, do adicional por tempo de serviço e a incorporação de quintos/décimos. “O que mais nos falta perder? Até quando vamos tolerar esse governo autoritário que não dialoga nem com seus ministros? O que estamos esperando, perder a capacidade até de sustentar nossas famílias?”, questionou Hélio Diogo. Se dirigindo aos candidatos que apareciam para o registro, o coordenador sindical apontou: “o troco tem que ser dado nas eleições”.
Os coordenadores Hebe-Del Kader, José Francisco Rodrigues, Lúcia Maria Bernardes de Freitas, Artalide Lopes Cunha e Débora Melo Mansur também estão neste momento em frente aos cartórios, juntos aos manifestantes, que também contam com o apoio do Frei Gilvander Moreira, apoiador de diversas causas sociais. Welington Gonçalves, servidor da Justiça Federal e presidente da Assojaf-MG, convocou os colegas a serem solidários e descerem e se juntarem à manifestação. Após ler o quadro nacional de greve, Gonçalves destacou novamente que a luta da categoria é justa: “queremos somente nossa recomposição salarial. Não estamos pedindo nada que não seja nosso direito”.