Eleito por unanimidade, nesta segunda-feira (28), presidente da representação brasileira no Parlamento do Mercosul, o senador Aloizio Mercadante (PT/SP) assumiu o mandato em função da renúncia do senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB/AC).
A decisão agora deverá ser ratificada em reunião da comissão, em Brasília. A eleição aconteceu antes da abertura da 9ª sessão plenária ordinária do Parlamento do Mercosul, que se realiza nestas segunda e terça-feiras (28 e 29), em Montevidéu, Uruguai.
Mercadante disse, em entrevista à Agência Senado, que entre os temas de preocupação dos parlamentares do bloco está a reivindicação feita pelo Paraguai de uma revisão do tratado bilateral que o Brasil fez com aquele país para a construção da usina hidrelétrica de Itaipu. Para o senador, esse contrato é inegociável.
Contratos
Na opinião de Mercadante, os tratados bilaterais devem ser respeitados para que seja possível a realização de outros contratos com países que integram o Mercosul.
O senador informou que, em reunião que acontecerá no dia 19 de maio, discutirá o assunto com o vice-presidente do Paraguai, Federico Franco; com o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Miguel Samek; o presidente das Centrais Elétricas do Brasil (Eletrobrás), José Antonio Muniz Lopes; e o presidente da Administración Nacional de Eletricidad (Ande), Martin Ganzález Guggiari.
O presidente do Parlamento do Mercosul disse ainda que será constituída uma comissão dentro do bloco com a finalidade de acompanhar o assunto.
Um dos principais desafios para o novo presidente da Representação Brasileira é o fortalecimento do bloco, inspirado no exemplo da União Européia. Para o senador, a América do Sul atualmente transmite uma imagem de instabilidade, especialmente por causa dos movimentos separatistas na Bolívia e a “deterioração macroeconômica” e a crise energética enfrentadas pela Argentina.
Mercadante disse esperar que os ministros brasileiros passem a participar mais das reuniões da Representação Brasileira, uma vez que temas importantes para o Mercosul e que dizem respeito às suas respectivas pastas estarão em debate no colegiado. (Fonte: Agência Senado)
Fonte: Senado Federal
