Em votação que parecia caminhar para um desfecho favorável aos servidores do Judiciário Federal, dados os discursos calorosos dos deputados e senadores em defesa da derrubada do Veto 26/15, o rolo compressor do governo prevaleceu e o veto acabou mantido pelo Congresso Nacional, na votação dessa terça-feira, 17, com os votos apenas dos deputados. A maioria dos votos foi pelo “não” ao veto, 251, mas seis a menos do mínimo necessário (257), que é a maioria absoluta do total de deputados federais (513). Os votos pelo “sim” (favoráveis ao governo) foram 132. E houve 11 abstenções.
Além de decepcionados, os servidores, com o resultado adverso, deixaram as dependências da Câmara bastante abatidos e, mais do que isso, indignados. Aproveitando a oportunidade, o coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus lembrou do projeto PJU no Legislativo, apresentado pelo Sindicato e defendido como tese na XIX Plenária Nacional da Fenajufe, realizada em João Pessoa (PB), em outubro. O projeto consiste no engajamento e organização dos servidores no propósito de elegerem a cargos de deputados e senadores somente candidatos pertencentes à categoria e/ou efetivamente comprometidos com as causas desta. Outros servidores, concordando com Magnus, também se manifestaram em defesa dessa bandeira.
Alexandre Magnus também se disse muito indignado com a atitude traiçoeira de alguns parlamentares mineiros que registraram o ponto no inicio da sessão, mas se ausentaram na hora de votar. Mais inaceitável ainda foi a atitude do deputado Delegado Edson Moreira, que sempre foi ao microfone para declarar seu voto pela derrubada do veto e defender um desfecho nesse sentido, inclusive na sessão dessa terça-feira, e acabou se ausentando na hora da votação.
Mas o coordenador do SITRAEMG promete uma postura implacável do Sindicato em relação aos deputados que se ausentaram da sessão sem motivo justificável, votaram com o governo ou optaram pela abstenção. O Sindicato vai dar ampla publicidade à indiferença de todos eles em relação à categoria e recomendar que os servidores lhes deem o troco nas próximas eleições em que se candidatarem. Seja para que cargo for.