A plenária para apreciação e votação do Regimento interno, que começou às 10h, com uma hora de atraso devido à organização interna dos grupos que disputam o 9º Congrejufe, enfrentou diversas polêmicas não esperadas. Assim, o espaço que estava programado para durar apenas 1h, tomou toda a manhã e parte da tarde deste segundo dia de Congrejufe. A mesa organizadora do plenário foi composta pelos diretores da Fenajufe Tarcísio Ferreira, Jean Loiola e João Batista e a secretária da federação Eliane Mendes.
Já no início da mesa, Loiola fez um apelo para que os presentes respeitassem as falas de todos os inscritos e as diferentes opiniões, “O respeito a divergência e a diversidade de ideias é um dos maiores patrimônios da Fenajufe, por isso pedimos que as disputas sejam feitas sempre no campo das ideias e com decoro”, declarou.
A mesa também prestou esclarecimentos sobre a metodologia de funcionamento da plenária, para que os novatos em espaços de deliberação entendessem como funcionam às questões de ordem, questões de esclarecimentos, questões de encaminhamento e destaques. Após os esclarecimentos, também foi reforçado que os artigos do regimento que não recebessem destaque, seriam automaticamente aprovados após a sua apresentação.
Destaques
- Foi questionado o porquê a leitura do regimento foi posicionada no segundo dia, já que aconteceram painéis no primeiro dia que não foram submetidas ao regimento. Foi reivindicado para que no próximo Congresso essa questão fosse alterada. Em resposta, a mesa esclareceu que devido a constantes problemas com atrasos na chegada das delegações em congressos anteriores, impedindo que muitos delegados não participassem dessa discussão, dessa forma, a mesa de conjuntura passou a ser antecipada, porém, sem caráter deliberativo.
- Foi feito um destaque da própria direção da Fenajufe sobre o prazo final para inscrição no congresso, já que alguns líderes sindicais se deslocaram de última hora para Brasília, devido a inclusão do PL 2648/15 na pauta do Congresso Nacional. Caso que não estava previsto. Setores do Congresso, de opuseram a questão, argumentando que o trabalho pela reposição salarial é cotidiano e que não poderiam haver mudanças nas regras do Congresso. O caso foi encaminhado para votação.
285 Votos a favor do destaque
192 Votos pela manutenção da proposta original
7 Abstenções
Todas as abstenções declaradas se posicionaram a favor da unidade da categoria e criticaram os setores divisionistas que “querem usar de uma simples alteração regimental que contemple um caso urgente, de dirigentes que estão lutando pela categoria, para dar um golpe no Congresso, impedindo líderes sindicais de se inscrever”.
- Foi feito um destaque com o pedido de supressão do Grupo de Trabalho que aconteceria antes da plenária de alteração estatutária. O argumento utilizado, é que, por ser um tema de maior relevância, merece mais tempo de elaboração, a proposta causou polêmica, pois os GTs são os espaços em que a base tem maior espaço para apresentar suas demandas. Para resolver o impasse foi montado um grupo que elaboraria uma proposta de consenso, que decidiu que apesar da importância do GT, ele seria suprimido devido aos atrasos que o Congresso já sofreu.
- O plenário decidiu por suprimir a obrigação de 20 assinaturas para que as propostas de resolução fossem encaminhadas à plenária final. Dessa forma, qualquer delegado ou observador podem fazer propostas, sem qualquer restrição.
A votação do regimento se encerrou as 16h30.