Os servidores do judiciário federal têm mais um motivo para se indignar. A sessão da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do senado, da manhã desta quarta feira, 13 de maio, foi cancelada por falta de quórum. Até o fechamento dessa matéria apenas 11 senadores estavam presentes na sessão que votaria o PLC 28/15, que versa sobre a reposição salarial dos servidores do judiciário federal.
Os servidores da delegação do SITRAEMG, composta pelos coordenadores do Igor Yagelovic e Daniel de Oliveira, os diretores de base José Francisco Rodrigues e David Ernesto Landau Rubbo, e os filiados Márcio Magela de Souza Dias, Roberto Barreto Alencar Dias e Wesley Resende Naves estão indignados com a falta de respeito dos senadores que se ausentaram da sessão, e junto aos servidores dos outros estados gritam palavras de ordem em defesa da greve geral e da luta unificada do judiciário federal, “se não aprovar, o Judiciário vai parar!”.
Segundo o coordenador geral do SITRAEMG, Alexandre Magnus, o esvaziamento do plenário para essa sessão é uma manobra de todo o congresso, mas principalmente da bancada governista, que tem feito uma forte campanha ideológica contra o reajuste dos servidores. “O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) soltou uma nota cheia de erros e equívocos com o quadro comparativo de nossa tabela salarial, eles querem descredibilizar a luta de servidores que estão a mais de 9 anos sem reajuste salarial e tem seu salário dissolvido pela inflação”, afirma o coordenador. (Confira a Matéria do Sitraemg sobre a nota do MPOG clicando AQUI)
Após o cancelamento da sessão, o Senador Deldicio de Amaral (PT/MS), que pediu vista na última sessão sobre o PLC 28/15, chamou os servidores presentes para um projeto alternativo de reposição salarial, o Senador se propôs a ser interlocutor de uma proposta construída em dialogo com a federação e sindicatos. Mas o Coordenador Geral do SITRAEMG, Alexandre Magnus, alerta que não se pode depositar esperanças no governo “Essa cena nós já conhecemos, o que o senador quer é mais enrolação e rebaixamento de proposta.” E contrapõe, “para conquistar a reposição salarial, só com um calendário único de greves e lutas, e não com reuniões de portas fechadas com o senador que pediu vistas para nosso projeto”.
Após mais essa manobra, os coordenadores do SITRAEMG vão cobrar na Reunião Ampliada da FENAJUFE um calendário unificado de greve para todo o Brasil. “É preciso exigir que os dirigentes sindicais parem de defender ilusões e proteger esse governo, que é patrão, igual aos anteriores” conclui Alexandre.