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Pela sanção: servidores mantêm a paralisação e marcam outra assembleia para o dia 8

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Fotos: Generosa Gonçalves e Diego Franco David

Atividades programadas: 03/07, sexta-feira, 12h: ato público em frente ao prédio do TRE/MG da Avenida Prudente de Morais, 100, BH; 06/07, segunda-feira, 12h: ato público em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, 468, BH; 07/07, terça-feira, 12h: ato público em frente ao prédio do TRT da Avenida Getúlio Vargas, 225, BH; 08/07, quarta-feira, 12h: ato público (com casamento simbólico de Dilma com Lewandowski) e AGE (às 13h em primeira chamada e 13h30 em segunda chamada), em frente ao prédio da Justiça Federal  da Avenida Álvares Cabral, 1.741, BH.

GREVE, GREVE, GREVE! Este foi o coro entre os cerca de 850 servidores reunidos em frente ao prédio da Justiça Federal na tarde de hoje, 2, durante assembleia geral extraordinária, que decidiu, quase por unanimidade, pela manutenção da greve. A decisão da categoria segue também a orientação da Fenajufe pela manutenção da greve e pelo seu fortalecimento. Confira as fotos abaixo.

A manifestação de hoje, com sabor de vitória, foi aplaudida por todos os presentes, dentre os quais, muitos, ao microfone, contaram suas experiências acerca do momento histórico que a categoria vive. O coordenador geral do SITRAEMG Alexandre Magnus, que participou das atividades em Brasília nos últimos dias 30/6 e 1º/7, passou os informes à assembleia.

Segundo Magnus, durante a reunião do Comando Nacional de Greve (CNG), realizada ontem, 1º/7, a Federação foi questionada pela inexistência de uma reunião da Federação diretamente com a presidente Dilma Rousseff, para tratar do PLC 28/15, uma vez que as reuniões de negociação do Projeto vêm sendo realizadas com o Diretor Geral do Supremo Tribunal Federal, Amarildo Vieira de Oliveira. “A falta de uma reunião com a presidente Dilma demonstra um grande desrespeito para com a categoria”, critica Magnus.

O coordenador sindical Alexandre Magnus, que também participou de reunião com o Diretor Geral do Supremo Tribunal Federal, Amarildo Vieira de Oliveira, no último dia 29, ao lado de outros coordenadores da Fenajufe, que formam a Comissão de Negociação da entidade, disse ao diretor do STF que o PLC 28/15, do STF, consta o parcelamento da recomposição em três anos e que a categoria não aceitará parcelamento maior que este. Magnus lembrou, ainda, os dizeres de Amarildo Vieira, durante negociações no ano passado, quando falou que o problema estava no Congresso Nacional. “E, agora? Aprovado na Câmara, não querem votar nosso Projeto”, questionou o coordenador sindical.

Sobre a greve da categoria, Magnus parabenizou a todos, dizendo que são vitoriosos e destacou que “o SITRAEMG cumpriu bem o seu dever de casa; em 26 anos de sua história, nunca houve uma caravana mineira em Brasília igual a esta (cerca de 300 servidores), bancada pela entidade”, parabenizou o coordenador, informando que Minas foi a segunda maior delegação na capital federal neste dia 30. “Invadimos Brasília, foram mais de 5 mil servidores do lado de fora do Senado”, pontuou.

Fortalecimento da greve

Nestor Santiago, servidor da Justiça Federal/BH e diretor de base do Sindicato, falou sobre os recorrentes ataques da mídia contra os servidores do Judiciário e deu uma “injeção de ânimo” nos colegas pedindo que fortaleçam o movimento, que ainda está em ascensão, e que se preocupem menos com a mídia. “Já estamos a caminho da vitória”, disse Santiago, confiante que Dilma “não tem ‘colchões’ para vetar o Plano da categoria, sobretudo por causa de uma crise institucional.

David Landau, servidor do TRT e também diretor de base sindical, falou sobre o ritmo frenético da última terça-feira, em Brasília. “Foi muita correria para falar com os senadores”, informou Landau, lembrando que é a greve da categoria que fez com que o ministro do STF, Ricardo Lewandowski, não retirasse de pauta, a votação do PLC 28/15 do dia 30. “E isso foi por causa da nossa greve; estamos derrotando o poder econômico desse país”, aponta Landau. “Vamos atropelar o Senado, STF e Dilma, não somos capachos ”corroborou Welington Gonçalves, servidor da Justiça Federal, dizendo que a categoria em Brasília fez Renan Calheiros, presidente do Senado, ouvir a voz dos servidores. Hebe-Del kader, também da Justiça Federal, parabenizou a caravana mineira e anunciou que, quem entrou no Senado, ficou mais de dez horas sem sair do lugar; “não saímos nem para tomar água”, relatou o servidor, chamando os colegas a lutarem pela sua dignidade; “não apenas pelo dinheiro, mas pela derrota daqueles partidos que não defendem os trabalhadores”, desabafa Hebe-Del.

Do lado de fora do Senado, os sacrifícios também foram muitos. “Sem comer e beber, fechamos a Esplanada dos Ministérios, das 12H às 22h30, de pé, no sol” relata Flavia, servidora do TRT, lembrando que ainda tiveram a visita, por volta das 18h, da polícia, municiada de cassetetes e cães, que queriam retirá-los do local. A servidora informou que, para conter os mandos da polícia, foi necessário gritarem “abaixo à repressão!”, informou.

Os coordenadores sindicais Vilma de Oliveira e Célio Izidoro também parabenizaram a categoria. “A nossa coragem é que fez aprovar o PLC 28 no Senado; que saiamos da ‘toca’ e vamos para as ruas. A greve é pelos nossos direitos”, disse Vilma, seguida por Célio Izidoro, destacando o momento decisivo na história dos servidores. “Temos que acreditar apenas na nossa força de lutas. Não devemos acreditar nos ministros indicados pelo Executivo, um poder corrompido”, destaca Izidoro.

Alexandre Brandi, membro do conselho Fiscal do Sindicato e Paulo, servidor do TRT de Ubá, parabenizaram a direção do Sindicato pela árdua luta até agora. “Cabe, agora, cada servidor ir à luta, pois, as coisas neste país só mudam quando vamos para as ruas; falta pouco, não vamos morrer na praia”, conclama Brandi. Paulo anunciou que seu local de trabalho está totalmente paralisado. “Nenhuma categoria ficou tanto tempo sem reposição e, temos que nos conscientizar da importância da greve porque a presidente vai utilizar os quinze dias que tem para se posicionar acerca do Projeto e vai querer nos desgastar”, aponta o servidor de Ubá.

Ainda chamando os colegas para irem para as ruas, Toninho, servidor da Justiça Federal de Divinópolis, lembrou-lhes que a greve é um direito constitucional. “Não tenhamos medo de fazer greve; nosso medo deve ser o de ir ao supermercado ou quando da matrícula de nossos filhos”, aconselhou Toninho. Outro servidor do TRT, José Francisco Rodrigues, representante do Movimento da Auditoria Cidadã da Dívida em Minas, destacou o gasto da União apenas com o pagamento da Dívida que, em 2014, chegou a R$ 978 bilhões com juros e amortizações da dívida pública, o que representou 45,11% de todo o orçamento efetivamente executado no ano. Para 2015, a previsão é de R$ 1,35 trilhão, o que aumenta 35% em relação à previsão para 2014. Nesse sentido, o servidor questionou que, quem quebra o país não são os servidores, como vem sendo noticiado diariamente pela imprensa.

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