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PEC do Congelamento é aprovada em votação final e congela gastos por 20 anos

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A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 55, que visa congelar os gastos públicos por 20 anos, foi aprovada em sua última votação no Senado nesta terça-feira (13). A proposta é o carro chefe do ajuste fiscal do governo Temer (PMDB), uma medida impopular que sofre o rechaço da maior parte da população, e pode representar o “abre alas” para a reforma da previdência. A PEC representa um grande retrocesso para o serviço público brasileiro, igualando seus investimentos sociais à países subdesenvolvidos como Congo, Botswana, Bangladesh, Singapura, República Centro Africana, Madagascar e Nigéria.

Com uma votação um pouco menor do que no primeiro turno, a proposta foi aprovada por 53 votos a favor e 16, que contou com 69 senadores. Mesmo com o quorum menor, o resultado representou um diminuição da influência do governo em 8 votos se comparada ao turno anterior. Apesar disso, a emenda foi aprovada com uma certa folga, a proposta precisaria de apenas 49 votos para ser aprovada. A PEC do congelamento, agora deve ser promulgada em sessão do Congresso Nacional nesta quinta-feira, quando passa a ter força de lei.

Forte esquema de segurança pretende impedir que manifestantes se aproximem do Congresso Nacional
Forte esquema de segurança pretende impedir que manifestantes se aproximem do Congresso Nacional

Foram feitos dois destaques á PEC, que foram votadas em separado após a aprovação do texto base. A primeira delas sobre o reajuste do salário mínimo e posteriormente o trecho do texto que muda as regras para os investimentos em saúde e educação. Ambas as emendas foram rejeitadas.

Antes da votação final, senadores da oposição propuseram adiar a votação da PEC pela via judicial e política, sob o argumento de que Renan Calheiros havia acelerado a tramitação da matéria abrindo mais de uma sessão no mesmo dia. O pedido foi encaminhado ao STF, onde foi indeferido pelo ministro Luís Roberto Barroso. O mesmo pedido também foi encaminhado ao plenário do Senado, onde também foi derrotado pela base do governo.

Veja como votou cada senador

A FAVOR DA PEC 55

Aécio Neves (PSDB-MG)
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Álvaro Dias (PV-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Anastasia (PSDB-MG)
Antonio C Valadares (PSB-SE)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)
Benedito de Lira (PP-AL)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Dalírio Beber (PSDB-SC)
Deca do Atacadão (PSDB-PB)
Edison Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Amorim (PSC-SE)
Eduardo Braga (PMDB-PA)
Elmano Férrer (PTB-CE)
Eunício Oliveira (PMDB-CE)
Fernando Coelho (PSB-PE)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN)
Gladson Cameli (PP-AC)
Hélio José (PMDB-GO)
Ivo Cassol (PP-SC)
José Agripino (DEM-RN)
José Anibal (PSDB-SP)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Medeiros (PSD-RN)
Lasier Martins (PDT-RS)
Lúcia Vânia (PSB-GO)
Magno Malta (PR-ES)
Marta Suplicy (PMDB-SP)
Osmar Aziz (PSD-AM)
Otto Alencar (PSD-BA)
Pastor Valadares (PDT-RO)
Paulo Bauer (PSDB-SC)
Pedro Chaves (PSC-MS)
Pinto Itamaraty (PSDB-MA)
Raimundo Lira (PMDB-PB)
Reguffe (sem partido-DF)
Ricardo Ferraço (PSDB-ES)
Roberto Muniz (PP-BA)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Ronaldo Caiado (DEM-GO)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Simone Tébet (PMDB-MS)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
Telmário Mota (PDT-RR)
Valdir Raupp (PMDB-RO)

CONTRA A PEC 55

Ângela Portela (PT-RR)
Dário Berger (PMDB-SC)
Fátima Bezerra (PT-RN)
Gleisi Hoffomann (PT-PR)
Humberto Costa (PT-PE)
João Capiberibe (PSB-AP)
Jorge viana (PT-AC)
José Pimentel (PT-CE)
Kátia Abreu (PMDB-TO)
Lídice da Mata (PSB-BA)
Lindbergh Farias (PT-RJ)
Paulo Paim (PT-RS)
Paulo Rocha (PT-BA)
Regina Sousa (PT-PI)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM)

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