PCS: e a luta continua. Em Minas, servidores se unem em defesa da revisão salarial. Apesar de ter sido véspera de feriado, no último dia 11, mais de 350 servidores, oriundos da JT, JF e JE, dentre eles, alguns em período de férias, além dos muitos aposentados que sempre se fazem presentes, compareceram ao ato público em frente ao prédio do TRE.
Na abertura do ato, o coordenador do SITRAEMG, Hebe-Del Kader, agradeceu a presença de todos os presentes e conclamou toda a categoria para participar das mobilizações anunciadas pelo Sindicato em defesa do PCS. Hebe lembrou-lhes, ainda, dos ataques que os servidores vêm recebendo da imprensa além da grande dificuldade de se ver, em Brasília, durante sessão na Comissão de Finanças (CFT), a inclusão do PCS para votação.
Ainda em seu discurso, Hebe pediu a todos os colegas que continuem fazendo contatos com os parlamentares conhecidos, sobretudo aqueles que compõem a CFT. Sobre esse tema, a também coordenadora do SITRAEMG, Débora Mansur, falou sobre a importância do contato com tais parlamentares. “A reposição salarial do judiciário é super justa e somos nós, trabalhadores, que os elegemos (os deputados)”, disse Débora, salientando que agora é hora de os parlamentares ajudarem na causa. Indignada, a coordenadora disse, ainda, que a categoria está sendo massacrada com a cobrança de metas. Ao término de seu discurso, Débora pediu a união dos servidores alertando que a greve é feita com a participação de todos.
O PL 1992/07, do Poder Executivo (cria a Fundação de Previdência Complementar do Servidor Público), que tramita em caráter de urgência na Câmara e também a PEC 54/99, (dispõe que o pessoal em exercício que não tenha sido admitido por concurso público, estável ou não, passe a integrar quadro temporário em extinção, à medida que vagarem os cargos ou empregos respectivos) também foram lembrados por Débora Mansur durante o ato público. A coordenadora ressaltou os prejuízos que poderão ser causados aos servidores, caso o PL e a PEC sejam aprovados, e pediu, mais uma vez, a união da categoria na defesa dos seus direitos.
Hélio Ferreira Diogo, também coordenador do SITRAEMG, ressaltou a importância da união da categoria. Ele pediu a todos que contribuam na construção da greve e salientou o uso da tecnologia, para os colegas do TRE, (sistema informatizado dentro daquele Tribunal) para convidar aqueles servidores que ainda não aderiram ao movimento. “Estamos vendo a enrolação do governo, pois não quer dar o nosso reajuste. Por isso, chame seu colega e vamos engrossar o movimento”, ressaltou Hélio.
Servidores se manifestam
Vilma Loureiro, servidora do TRE, leu para os colegas presentes uma série de artigos e matérias de jornais e revistas de grande circulação que atacam fortemente o pleito da categoria (revisão salarial). Maria da Conceição Vieira, também servidora do TRE, fez um breve relato da viagem que fez à Brasília, juntamente com outros servidores, na semana passada. “Estive em Brasília e percebi o jogo de empurra-empurra, como no ano passado. Estão nos enrolando, e sem a greve não acontecerá nada”, destacou.
Márcio Magela e Jair Lemos, também servidores da Justiça Eleitoral e defensores do subsídio, como forma de remuneração, se manifestaram e fizeram suas defesas ao falarem ao microfone.
Para animar e descontrair, o ato público contou com a participação dos servidores e músicos, Mundinho Rocha e Rubens Pinheiro, o Rubinho, ambos da Justiça do Trabalho.
O SITRAEMG convoca toda a categoria para o próximo ato público a ser realizado no dia de paralisação de 24 horas, 19 de outubro, próxima quarta-feira, em frente ao prédio da Justiça Federal (Álvares Cabral, 1805), às 13h. A concentração se dará a partir das 12h30. Ressalta-se a imprescindível participação de todos, e de que a paralisação deve ocorrer durante todo o período de expediente.
