Acompanhe o Sitraemg nas redes sociais

O papel dos sindicatos na defesa das recomendações do CNJ e CNMP sobre a valorização da TI

Fabiano Guilherme de Souza - Servidor do TRT3, filiado do Sitraemg e diretor de base. Co-autoria de Carlos Eduardo Espíndola, servidor do MPU
Compartilhe

Os artigos aqui publicados são de inteira responsabilidade do autor, não sendo esta necessariamente a opinião da diretoria do Sitraemg.


Nos últimos tempos, tem ganhado destaque o debate sobre a necessidade urgente de valorização dos profissionais de Tecnologia da Informação (TI) e sobre a importância da atuação sindical na defesa das recomendações dos Órgãos de Controle e das deliberações das instâncias superiores da Administração. Diante disso, é essencial esclarecer toda a categoria, desfazer mitos e analisar os fatos com objetividade.

A Gratificação de Tecnologia da Informação (GAPTIC) conta com recomendações formais do Tribunal de Contas da União (TCU), do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). O reconhecimento da importância dessa medida também foi aprovada e apoiada por diversos órgãos de alta gestão, como o Colégio de Presidentes dos TRE’s (COPTREL), o Colégio de Presidentes dos TRT’s (COLEPRECOR), o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e o Superior Tribunal Militar (STM). A necessidade tem sido amplamente discutida nos principais Seminários e Encontros Nacionais sobre Tecnologia da Informação, refletindo consenso e preocupação crescente sobre a urgência de sua implementação. Tal medida é fundamental para garantir a segurança e a continuidade dos serviços estratégicos prestados pelo Poder Judiciário e pelo Ministério Público da União.

Nesse contexto, é óbvio — ou ao menos deveria ser — que toda recomendação da própria Administração Pública voltada à valorização de seus servidores deveria ser tratada como prioridade pelos sindicatos. Caso contrário, qual seria a real razão da existência sindical? Portanto, evidentemente, cabe aos representantes sindicais assumirem a responsabilidade e o protagonismo na defesa dos direitos reconhecidos pelos próprios órgãos públicos — afinal, se o próprio patrão reconhece um direito ao trabalhador, o que falta para que ele seja concedido?

Embora muitas pautas ainda demandem intensos esforços de negociação e convencimento, aquelas que já foram formalmente reconhecidas pelos próprios órgãos públicos devem ser tratadas como prioridade. Os sindicatos têm um papel histórico na valorização do serviço público, e ignorar essa missão equivale a renunciar à sua razão de existir. Quando o empregador reconhece um direito — como ocorre com a Gratificação de TI —, não há espaço para hesitação. Defender é um dever. Estar ao lado dos servidores não é uma escolha — é a própria essência da função dos representantes sindicais.

A pauta da Gratificação de TI, respaldada por Órgãos de Controle (TCU, CNJ e CNMP) e pelas instâncias superiores da Administração (Justiça do Trabalho, Justiça Eleitoral e Justiça Militar), é uma demanda legítima, estratégica e plenamente viável. Seu impacto orçamentário é mínimo, sem atrapalhar a reestruturação da carreira e outras pautas, sua necessidade é reconhecida, e sua implementação é necessária e urgente. Trata-se de uma rara convergência entre necessidades da Administração e direitos dos trabalhadores — uma oportunidade que não pode ser desperdiçada!

Essa realidade exige uma atuação sindical firme e alinhada à sua vocação histórica de defesa dos trabalhadores. Diante desse cenário, os sindicatos não podem hesitar. É justamente em momentos como este que seu papel histórico se coloca à prova. Defender os direitos reconhecidos pelo próprio patrão não é um gesto de enfrentamento — é um dever institucional. Para isso, é preciso firmeza, responsabilidade e, acima de tudo, união. Sem ação, não há conquista. É hora dos dirigentes sindicais de cada Sindicato e da Federação assumirem com coragem o protagonismo que esperamos — e precisamos! Contamos com vocês!

Fabiano Guilherme de Souza – Servidor do TRT3, especialidade Tecnologia da Informação, Pós-Graduado em Engenharia de Software pela UFMG, filiado do Sitraemg e diretor de base

 

Co-autor: Carlos Eduardo Espíndola, Servidor do MPU

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags