Nessa quinta-feira, 18, a Fenajufe publicou, em seu site, nota contra as carreiras exclusivas nos tribunais superiores. A luta, que já vem desde o início do ano, tem como alvo o aceno do STJ e outros tribunais superiores no sentido de enviar ao Congresso Nacional anteprojetos de lei instituindo planos de carreiras exclusivos para seus respectivos quadros de servidores. A tendência de divisionismo no quadro funcional do Judiciário Federal, aliás, tem origem no ato arbitrário do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, ao encaminhar ao Legislativo projeto de lei com previsão de reajuste salarial somente para ocupantes de cargos comissionados daquele Tribunal.
A reação dos servidores do Judiciário Federal contra as carreiras exclusivas, em todo o Brasil, foi imediata, com manifestações de indignação em relação à iniciativa em todos os estados e em âmbito nacional. Em Minas, essa insatisfação também vem sendo manifestadas nos atos públicos durante as mobilizações e a greve da categoria pela revisão salarial.
A seguir, a íntegra da nota da Fenajufe:
“Fenajufe ratifica posição contra carreiras exclusivas nos tribunais superiores
A Fenajufe manifesta sua oposição a qualquer tentativa de projeto exclusivista de carreira. A Federação tem decisão unânime de congresso condenando qualquer tentativa de separação de carreiras e salários de quaisquer tribunais.
Assim, a Fenajufe conclama todos os sindicatos filiados para que cerrem fileiras em torno do projeto único para a categoria, o PL 7920/14. Se necessário, serão chamadas paralisações e greve contra qualquer esboço de projeto exclusivista que venha a ser discutido.
A Fenajufe e seus sindicatos encampam apenas as lutas dos projetos que dizem respeito a aumentos salariais para o conjunto da categoria. Por isso a Federação esclarece que não tem nenhuma ligação com o movimento de carreira exclusiva que ocorreu ontem (16/09) em Brasília, e condenou em todos os seus fóruns essa tentativa de fragmentação da categoria.”.