Os trabalhadores entraram no quarto dia do movimento preparados pelas mobilizaçãoes dessa quarta-feira, 27. O terceiro dia da greve dos eletricitários teve adesões na capital e no interior. Destaque para os trabalhadores das usinas que entraram com tudo no movimento em defesa do respeito e da negociação da pauta para o Acordo Coletivo de Trabalho e por uma PLR justa.
No Triângulo, a adesão ao movimento nas usinas de Capim Branco I, Capim Branco II, Nova Ponte, Emborcação, Volta Grande, Jaguara, Três Marias e São Simão é muito forte. Na Usina de Gafanhoto, na Região Oeste, eletricitários garantiram a greve de forma exemplar.
Na capital, eletricitários das unidades Anel Rodoviário, Jatobá, São Gabriel e Betim se juntaram aos trabalhadores da Cidade Industrial. Fecharam as portarias da Cemig no Anel Rodoviário e na Cidade Industrial e fizeram grande passeata, interrompendo o trânsito nas duas pistas da Avenida Amazonas. Na Itambé, houve concentração de trabalhadores nas portarias, panfletagem e debate sobre a campanha.
Acorrentados
Em Montes Claros, o movimento bloqueou portarias e promoveu debate com a categoria. Eletricitários se acorrentaram nos portões da Subestação I , principal base da Cemig na Região Norte, chamando a atenção dos trabalhadores para a grave situação que a empresa cria ao desrespeitar a organização e o processo de negociação para renovar acordos. Em Janaúba, o movimento também é abraçado pelos trabalhadores.
Ecel na luta
Em Uberlândia e Uberaba os trabalhadores concentram-se nas portarias da empresa. No Vale do Aço, o Sindieletro/MG realizou, pela manhã, uma concentração em frente à agência da Cemig do Centro. Os eletricitários da empreiteira Ecel deram total apoio aos companheiros da Cemig, parando por algumas horas.
Na região Leste, mais localidades aderiram à greve – entre elas, as de Santa Efigênia de Minas, Coraci, Mantena e Peçanha. Na Mantiqueira, o Sindicato realizou panfletagem em Conselheiro Lafaiete, Curvelo e Barbacena, entre outras localidades.
Repressão
O Sindieletro/MG reclama que a Cemig, ao invés de chamar o Sindicato para negociar, que é a principal reivindicação da categoria, aumenta a vigilância sobre o movimento dos trabalhadores, acionando a polícia e colocando gente para filmar e fotografar as manifestações. Mas essa atitude autoritária, dos tempos da ditadura, não intimida a categoria. Mas a categoria não vai aceitar a imposição de um ACT ruim e um modelo de participação nos lucros que privilegia a “felicidade interna bruta” dos gerentes e superintendentes.
Fonte: Sindieletro/MG