O Sitraemg convida todos os servidores do Judiciário Federal para mais um ato “Fora Bolsonaro”, que será realizado no próximo sábado (3/07), em Belo Horizonte. A concentração será às 14 horas, na Praça da Liberdade. De lá, todos sairão em passeata, seguida de carreata, passando pelas avenidas João Pinheiro e Augusto de Lima, rua Santa Catarina, avenida Amazonas, Praça 7, rua Tupinambás e avenida dos Andradas, até a Praça da Estação. O Sitraemg convida todos os servidores do PJU a se encontrarem às 14h30, em frente ao prédio da Biblioteca Pública Estadual Professor Luiz de Bessa, na confluência da avenida Bias Fortes com a Praça da Liberdade.
Como ocorreu nos dois atos anteriores, em maio e junho, servidores públicos e entidades representativas do segmento aproveitarão mais essa oportunidade para incluir, entre os protestos, a luta contra a PEC 32/2020.
O Sitraemg irá custear gasolina ou passagem de ônibus para o filiado que for se deslocar de município para participar nos locais em que as manifestações estão sendo promovidas, também, pela entidade (BH, Divinópolis, Juiz de Fora e Uberlândia).
Atos no interior na mesma data:
- Divinópolis – 9h – Rua São Paulo c/ Primeiro de Junho
- Uberlândia – 9h30 – Praça Ismene Mendes
- Juiz de Fora – 10h – Parque Halfeld
A terceira manifestação em âmbito nacional pelo “Fora Bolsonaro” estava prevista inicialmente para o dia 24 de julho. Porém, foi antecipada diante das graves denúncias que repercutiram nos últimos dias, na imprensa e na CPI da Covid-19 no Senado, de esquemas de corrupção que teriam ocorrido nas negociações para aquisição de vacinas contra o novo coronavírus, pelo governo federal.
Outro incentivo à antecipação das manifestações nacionais foi o superpedido de impeachment de Bolsonaro protocolado nessa quarta-feira (30), na Câmara dos Deputados. O documento, que contém 46 assinaturas, de presidentes de 10 partidos políticos, políticos dos espectros de esquerda e de direita, e de representes de entidades diversas, reúne o conteúdo dos 122 pedidos já protocolados e aponta mais de 20 crimes cometidos pelo chefe do Executivo desde que assumiu o Palácio do Planalto.
As denúncias recentes
Uma das denúncias dá conta de que o servidor público do Ministério da Saúde Luiz Ricardo Miranda, juntamente com seu irmão deputado federal Luiz Miranda (DEM/DF), havia levado ao presidente Bolsonaro, em março, suas suspeitas de superfaturamento na compra da vacina Covaxin, do laboratório indiano Bharat Biotech. Ao chefe do executivo, é atribuído o crime de prevaricação, por não ter mandado investigar o caso.
A outra denúncia foi feita por Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da empresa Davati Medial Supply. Em um jantar, o diretor de logística do Ministério da Sáude, Roberto Ferreira Dias, exigiu o pagamento de propina de 1 dólar por cada uma das 400 milhões de doses da vacina da AstraZeneca, que o governo pretendia comprar. A proposta, que acabou não se concretizando, teria rendido nada menos que R$ 2 bilhões em propina.
Ambas as denúncias envolvem o deputado Ricardo Barros (PP/PR), que, além de líder do governo na Câmara dos Deputados, é um dos principais representantes do chamado Centrão, que é um grupo informal de partidos políticos e parlamentares que ampliam a base de apoio do governo no Legislativo.