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Na Setorial do TRT, Sindicato faz um apelo aos servidores desta Justiça para que juntos aos colegas da Federal, caminhem em passeata rumo ao TRE demonstrando a unidade da categoria

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Em frente ao prédio do TRT, da Mato Grosso, servidores falam sobre suas dificuldades. Fotos: Generosa Gonçalves
Em frente ao prédio do TRT da Mato Grosso, servidores falam sobre suas dificuldades. Fotos: Generosa Gonçalves

Conforme calendário de mobilização do Judiciário Federal em Minas, em defesa da recomposição salarial da categoria, foi realizada, na tarde de hoje, 23, a assembleia setorial com os servidores da Justiça do Trabalho. Os servidores se reuniram em frente ao prédio do TRT da Rua Mato Grosso, no Barro Preto, onde puderam falar sobre o movimento grevista bem como pontuar e discutir os problemas específicos dos trabalhadores em seus locais de trabalho. O coordenador Célio Izidoro esteve à frente da assembleia e a conduziu.

Ao iniciar seu pronunciamento, Izidoro explicou o motivo de a assembleia ter sido programada para acontecer na rua, em frente ao prédio do Tribunal. Segundo ele, o pedido do Sindicato de utilização do auditório do TRT no 15º andar foi indeferido pela administração pelo fato de que o local já estaria em uso. Em seguida, falou sobre as outras duas assembleias setoriais programadas para esta semana, a da Justiça Federal (realizada ontem, 22 – veja aqui) e a do TRE, programada para a próxima quinta, 25.

A respeito da mobilização programada para amanhã, o “Apagão Nacional de 24 horas”, em Belo Horizonte, com a realização de ato público e assembleia em frente ao prédio dos Cartórios Eleitorais, o coordenador sindical reforçou a convocatória aos colegas presentes, pedindo-os que levem o maior número de servidores possível a fim de engrossar o movimento. Destacou a importância de, neste momento, a manifestação acontecer em frente aos Cartórios, e também da adesão em massa dos servidores da Justiça Eleitoral no apagão de amanhã. “Vamos mostrar à mídia que vamos parar; depende de nós, alcançarmos o PCS”, disse o coordenador sindical, informando que os servidores do TRE de São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso já disseram que vão parar amanhã.

Demandas específicas

Sendo o segundo ponto da pauta, o coordenador sindical passou a palavra aos servidores a fim de saber os problemas pontuais existentes dentro de cada local de trabalho. Unânime entre eles, o retorno da jornada de 6 horas, o aumento de 4 (quatro) servidores por Vara Trabalhista e a redução da quantidade de horas de atendimento ao público que, segundo alguns servidores o tempo hoje destinado a esse fim é grandioso e desnecessário.

O sistema biométrico para registro de ponto também foi defendido. Os servidores lamentaram a sobrecarga de trabalho existente hoje no Tribunal oriunda das demandas naturais da sociedade e, em contrapartida a falta de servidores no quadro, aumentando em muito as tarefas dos servidores – com isso, a necessidade da realização de serviço extraordinário sem o recebimento por ele. Essa demanda será levada ao Tribunal a fim de que seja estudada a possibilidade de pagamento ou, em caso negativo, a criação de banco de horas – sugestão dos próprios servidores.

Ouvindo os relatos dos servidores, ficou claro de como a sobrecarga mexe com a saúde física e com o emocional das pessoas. Informaram, angustiados, sobre o excesso de trabalho dentro das Varas e, em muitos casos até mesmo a falta de materiais para execução das tarefas. Lamentaram, ainda, sobre alguns locais insalubres dentro do Órgão e que merecem mais atenção da administração; locais estes com falta de ventilação, pé direito muito baixo, além de impressoras que fazem muito barulho.

Alguns servidores também manifestaram acerca da pressão psicológica a que são submetidos diariamente por seus superiores, em relação à corte de função, metas dentre outros. “Isso é que impede a gente de descer (no caso de greve), isso é que nos adoece”, disse uma das servidoras presentes, lamentando que 90% das doenças dos servidores é mental. “O funcionário se sente coagido pela administração; é hora de tomarmos uma decisão”, disse outro colega. “O que precisamos é alcançar uma produtividade saudável”, destacou outro servidor, pedindo ao Sindicato que forme uma comissão composta por um médico do trabalho e por profissionais do setor jurídico da entidade a fim de fazer um estudo de como anda a saúde do servidor do TRT e quais medidas podem ser tomadas a fim de minimizar o estresse e doenças ocasionadas pelo excesso de trabalho.

Os servidores citaram como positiva a participação de funcionários no Programa do Tribunal “Servidor Em Pauta” e lembraram que já é uma oportunidade que se pode somar às ações do Sindicato na defesa dos interesses daqueles trabalhadores.

Ao final da reunião, o coordenador sindical Célio Izidoro informou sobre o indicativo de mais uma reunião, possivelmente para o dia 7/10, para ampliação e continuidade nos assuntos tratados hoje.

O coordenador sindical Célio Izidoro Rosa
O coordenador sindical Célio Izidoro Rosa

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