Mulheres, sindicalistas e feministas: Conheça ativistas que abraçam as bandeiras em defesa da mulher

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Março é um mês de atos, protestos contra o machismo, o feminicídio, o assédio… enfim, as violências enfrentadas, diariamente, pelas mulheres. No mês de março, perfis de redes sociais ganham coloração roxa e verde, e faixas e cartazes estampam os muros das cidades exigindo respeito e igualdade.

A origem do 8 de março remonta ao final do século 19 e às lutas, mobilizações e greves de mulheres por direitos, passando pela Revolução Russa de 1917. A permanência da data, contudo, tem uma relação direta com as mulheres que levantam a bandeira do feminismo e assumem essa luta diariamente.

Uma delas é servidora do TRT3 e coordenadora do Sitraemg Marisa Campos Tomaz, sindicalista há quase 30 anos. “Entrei por pura curiosidade e nunca mais me afastei das mobilizações”, conta.

Para ela, ser feminista é um processo permanente de aprendizado e de formação. A participação feminina no quadro sindical está aumentando, mas pode ser maior. “Nós ainda enfrentamos resquícios de uma cultura machista, onde a mulher não tem capacidade de ação independente. Mas nosso ativismo pode mudar essa situação. As batalhas são grandes, mas é muito importante ocupar espaços políticos, sindicais e profissionais”, expõe.

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Marisa Campos no gabinete do deputado federal Charlles Evangelista em defesa da recomposição salarial dos servidores do PJU, no dia 15 de março de 2022.
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Regina Pimenta em um ato público em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais,  no dia 6 de dezembro 2021.

Já a bióloga e presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Meio Ambiente no Estado de Minas Gerais (Sindsema), Regina Pimenta, entrou no sistema ambiental mineiro por meio de um concurso em 2006. “Nesse ingresso, eu já entendia que a representação da categoria do meio ambiente é muito importante. Em agosto de 2014, construímos o Sindsema e sigo abraçando essa causa”, afirma.

De acordo com a Regina, as mulheres evoluíram muito, mas ainda tem muito a conquistar. “Engajar no mundo político é desafiador devido à jornada tripla da mulher. Acredito que para ter igualdade salarial e o fim do preconceito é necessário lutar por mais espaço”, ressalta.

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Ilva Franca no ato em frente ao Ministério da Economia, em Brasília, no dia 29 de março 2022.

A coordenadora geral da Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos, Ilva Maria Franca, se tornou sindicalista por meio de um convite, em 2010, para participar do conselho executivo da Anfip-MG.

“Em 2012, fui eleita presidente da Anfip-MG. Nessa gestão, em conjunto com outras entidades, formamos a Frente Mineira em Defesa dos Serviços Públicos”, relembra.

Para Ilva Franca abraçar o movimento sindical é lutar por melhorias na qualidade de vida e por condições dignas de trabalho das pessoas. “É imprescindível defender os empregos, as mulheres e os direitos dos trabalhadores e da sociedade em geral”.

A presidente do Sindicato dos Professores de Universidades Federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco (Apubh), Marisa Barbato, se realizou como sujeita, pesquisadora, professora, militante e cidadã protagonista da própria história por meio luta sindical.

“Entre vários desafios enfrentados pelas mulheres, destaco a necessidade de vencer qualquer forma de violência. Da violência sobre o próprio corpo (o direito ao parto natural e o combate à violência obstétrica, direito a amamentação em locais públicos, entre outros)”.

Ela cita especialmente a doméstica, que, apesar da Lei Maria da Penha, continua sendo um problema com alto índice de feminicídio.

Marisa Barbato acredita que para mudar as coisas é preciso ocupar espaços, para levantar as questões e ter voz. “Precisamos portanto de mais mulheres na política e de políticas afirmativas neste sentido”, ressaltou.

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Marisa Barbato no ato contra o atual governo, realizado no dia 24 de julho de 2021. Crédito: Luiz Rocha.

Para você conhecer algumas mulheres ativistas, que assumem sua militância também nas redes sociais, vale a pena seguir:

Sabrina Fernandes
Socióloga, economista, professora, militante marxista e youtuber brasileira, conhecida pelo seu canal chamado Tese Onze que contém vídeos acerca de debates, informações e críticas dentro de perspectivas de esquerda por uma linha marxista (especificamente, ecossocialista) e progressista.
Siga em: https://www.instagram.com/teseonze/
https://twitter.com/safbf

Jurema Werneck
Ativista do movimento de mulheres negras brasileiro e dos direitos humanos. Diretora Executiva da Anistia Internacional Brasil
Siga em: https://www.instagram.com/juremawerneck/
https://twitter.com/juremawerneck

Camila Pitanga
Atriz, Diretora Geral do Movimento Humanos Direitos e Embaixadora Nacional da ONU Mulheres.
Siga em: https://www.instagram.com/caiapitanga/
https://twitter.com/camilapitanga

Ana Patté
Integrante da Articulação dos povos indígenas do Brasil. Defensora ambiental e dos povos indígenas.
Siga em: https://www.instagram.com/ana.patte/
https://twitter.com/anapattee

Acompanhe também o movimento 8M
8M Popular
8 de março das mulheres da Frente Brasil Popular
https://www.instagram.com/8mpopular/

8 De Março Unificado – RMBH
Movimento de Mulheres unificadas atuantes na RMBH.
https://www.instagram.com/8munificadormbh/

Assessoria de Comunicação
Sitraemg

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