Militantes negros debatem seus direitos

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Na semana em que se realiza a II Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial, em Brasília [DF], os quilombolas se mobilizaram em defesa de seus direitos. No Brasil, existem aproximadamente cinco mil comunidades quilombolas. Segundo a Confederação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas [Conaq], menos de 5% tem os direitos regulamentados.

O coordenador da Conaq, Ronaldo dos Santos, lamenta que o Brasil não conheça o papel do negro e do quilombo em sua história. “A sociedade brasileira desconhece, não sabe o que são os quilombos. A única coisa que se sabe é que existiu o Quilombo dos Palmares. As pessoas precisam saber que os quilombolas existem, o que são essas comunidades, o que representaram e o que ainda representam para a história do Brasil. Porque nós não somos passado, nós somos presente.”

Ronaldo acredita que um ponto a ser considerado seria a aprovação de um estatuto de igualdade racial, que está em discussão no Congresso desde os anos 90, mas enfatiza que as conquistas já alcançadas precisam ser colocadas em prática.

“O problema no Brasil não é apontar caminhos, é cumprir o que vem sendo construído. Do ponto de vista da legislação e da construção de políticas já avançamos bastante. As forças que estão na gestão pública é que não permitem que as medidas aconteçam na prática.”

Dentro da Conferência, que termina no próximo domingo [28], também foi denunciado que a grande mídia está fazendo o papel de omitir as bandeiras de luta dos negros. Saúde, educação, terra e trabalho são alguns dos eixos temáticos em debate na Conferência.

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