Neste 20 de novembro, quando se celebra oficialmente a data, em memória à passagem de mais um ano de morte de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares executado com requintes de crueldade, nesse mesmo dia do longínquo ano de 1.695, a mando dos grandes senhores de terra da época, pela forte influência que exercia sobre seu povo na luta de resistência contra a escravidão, não há nada que se comemorar em um país em que o racismo, quando se pensa que vai acabar, renasce com toda sua força, com ameaças também do retorno e exacerbação da exploração não só dos negros, mas de toda a classe trabalhadora, com as recém-aprovadas lei das terceirizações e reforma trabalhista e a ameaça de extinção da Justiça do Trabalho e do Ministério do Trabalho.
Contudo, a luta tem que continuar.
E é com esse espírito que o SITRAEMG – com base em seu estatuto, em cujo artigo 2º determina que a entidade atue também em defesa dos direitos difusos e da ampliação dos direitos fundamentais da cidadania, na Constituição Federal, cujo artigo 5º estabelece que “todos somos iguais perante a lei”, e na Declaração Universal dos Direitos Humanos, da qual o Brasil é signatário e cujo artigo 1º diz que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos, são dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de fraternidade” – se dirige a toda a comunidade negra, para reforçar o seu compromisso de continuar sempre engajado nas lutas contra o racismo e todo tipo de discriminação.
Dirige-se também a cada cidadão e cada cidadã, independentemente da cor que carreguem na pele, para convidá-los a refletir não somente sobre a miscelânea de cores da qual todos nós brasileiros temos origem, direta ou indiretamente, mas também sobre a necessidade de se atentarem para a importância do respeito ao outro para um convívio pacífico, apesar das diferenças, entre todos.
Assim se constrói e deve caminhar a humanidade.
