Atos com servidores de diversos estados em Brasília também defenderão direito de greve e contestarão retaliações dos tribunais à categoria
A greve dos servidores do Judiciário Federal inicia, nesta terça-feira (22), em Brasília, uma vigília que terá como alvo principal pressionar o presidente do STF, Cezar Peluso, a exigir do presidente Lula uma solução orçamentária para o PCS-4.
Caravanas e representações da categoria nos estados, que chegam a Brasília nesta terça, devem se juntar aos servidores da capital federal para fazer uma grande manifestação que começará em frente ao Tribunal Superior do Trabalho, a partir das 15 horas. O objetivo é contestar os ataques do tribunal ao direito de greve.
Após o ato no TST, os servidores pretendem caminhar até o Supremo Tribunal Federal. As manifestações foram confirmadas na reunião do Comando Nacional de Greve, ocorrida na tarde desta segunda-feira (21).
A vigília deve durar pelo menos até as primeiras horas da noite de terça. No dia seguinte, recomeça, a partir das 13 horas, em frente ao STF.
É possível ainda que a manifestação se dirija ao Superior Tribunal de Justiça. Isso deve ocorrer caso o julgamento dos agravos impetrados federação nacional (Fenajufe) e pelo sindicato de Brasília (Sindjus-DF), que questionam as decisões liminares que cerceiam o direito de greve, entrem na pauta da sessão do STJ. Até a noite desta segunda os processos ainda não estavam na pauta, segundo informou o Comando de Greve.
Negociação entre os poderes
Na semana passada, a direção do Supremo disse ao Comando Nacional de Greve que o ministro Peluso solicitou formalmente, por meio de ofício, uma reunião com o presidente Lula.
O PL 6613/2009, que revisa o PCS, seria o ponto central da pauta. Até o fechamento deste texto (às 19h da segunda), não havia nada confirmado quanto à data da possível reunião.
Para a servidora Ana Luisa Figueiredo Gomes, diretora da Fenajufe e do Sintrajud que participou da reunião do Comando de Greve, é preciso fortalecer a greve e aumentar a pressão sobre o STF. Nesse momento decisivo da luta contra o congelamento salarial, avalia a servidora, é o que pode garantir a vitória da categoria.