Greve do Judiciário ganha página em principal jornal de Brasília

Compartilhe

A greve dos servidores públicos federais cresce a cada dia e por isso têm sido destaque nos jornais da grande imprensa. Essa semana, o foco maior é em cima da decisão do governo federal em suspender as reuniões que teria com as entidades dos servidores públicos para apresentar uma resposta à pauta de reivindicações. O prazo dado pelo próprio Ministério do Planejamento se encerrava nesta terça-feira, 31 de julho, o que foi descumprido com o cancelamento das reuniões, que serão remarcadas somente a partir do dia 13 de agosto, segundo comunicado da Secretaria de Relações de Trabalho do MPOG.

A notícia não agradou às entidades sindicais, mas agitou os ânimos dos servidores, que prometem intensificar as paralisações nos próximos dias. No Distrito Federal, o movimento grevista ganha novas adesões nesta quarta-feira, 1º de agosto, com a entrada dos servidores do Judiciário Federal, que lutam desde de 2009 pela aprovação do PL 6613/09, que revisa o plano de cargos e salários. Sem reajuste há seis anos, a categoria pretende, em todo o país, retomar a greve por tempo indeterminado. E o movimento que inicia no DF já teve repercussão no principal jornal de Brasília, o Correio Braziliense. Na página 11, do caderno de Economia, o assunto é abordado na matéria: “Polícia e Judiciário vão aderir à paralisação”, se referindo às greves do Judiciário Federal e das mobilizações da Polícia Federal, que promove uma vigília no final da tarde de hoje em frente ao Palácio do Palácio. A categoria também não descarta uma greve geral por tempo indeterminado.

Confira abaixo matéria do jornal Correio Braziliense, publicada na edição desta quarta-feira.

Polícia e judiciário vão aderir à paralisação

Com a suspensão das negociações, servidores se organizam para interromper atividades em áreas estratégicas. População começará a sentir o baque nos serviços

As últimas decisões do governo federal em relação à campanha salarial de 2012 dos servidores públicos federais exaltaram os ânimos dos grevistas. A suspensão das negociações, o adiamento do prazo para apresentação de uma proposta às reivindicações e o Decreto nº 7.777, que permite a substituição dos trabalhadores parados por terceirizados e funcionários de estados e municípios, caíram como baldes de água fria sobre as lideranças sindicais. Com as determinações da Presidência da República, trabalhadores de outros órgãos já falam em engrossar a paralisação nacional nos próximos dias.

Aproveitando as atenções para o julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal [STF], o Judiciário já sinalizou que cruzará os braços nas primeiras semanas de agosto. A Polícia Federal promete para o fim da tarde de hoje uma vigília em frente ao Palácio do Planalto, e não descarta a possibilidade de greve geral. Também hoje, às 9h, os fiscais federais agropecuários farão assembleia para definir se aderem à paralisação nacional.

No caso da Justiça Federal, a previsão é de que a categoria interrompa as atividades até 15 de agosto, prazo para que o STF encaminhe uma proposta com os pedidos de reajuste ao Ministério do Planejamento. Nessa data, os servidores devem participar de uma marcha nacional organizada pela Central Única dos Trabalhadores [CUT] na Esplanada dos Ministérios.

Já os policiais federais foram atingidos pelo cancelamento da agenda de negociações do Executivo. A reunião que eles teriam esta manhã com o Ministério do Planejamento foi transferida para a semana entre 13 e 17 de agosto. A categoria exige reestruturação da carreira, aumento salarial e realização de concurso público para a redução do número de trabalhadores terceirizados dentro da corporação.

Apoio

Homologado na semana passada a pedido da presidente Dilma Rousseff, o Decreto nº 7.777 tem causado revolta, sobretudo, entre os grevistas da Receita Federal e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Anvisa]. Ambos os órgãos já publicaram portarias adotando a decisão, enquanto durar a paralisação de seus servidores, o que tem dificultado a liberação de mercadorias — inclusive essenciais, como medicamentos — nos portos do país.

Em reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, e o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, na última sexta-feira, os representantes dos servidores das agências reguladoras protestaram contra o decreto e chegaram a pedir ao ministro que interceda perante o Palácio do Planalto e ao Ministério do Planejamento para que as reivindicações da categoria sejam atendidas.

Clique aqui para ler mais sobre a luta dos servidores federais na página 11 do Correio Braziliense.

Fonte: Fenajufe

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags