Envie mensagem aos senadores contra a Reforma da Previdência

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Como é de conhecimento de todos os servidores do Judiciário Federal em Minas Gerais, a PEC 6/2019, da Reforma da Previdência, aprovada na Câmara dos Deputados, tramita agora no Senado Federal.

Ao longo desta semana foram realizadas seis audiências públicas interativas para debater a proposta na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa, com a participação de senadores e representantes das entidades representativas dos trabalhadores e da sociedade civil em geral.

Em todos essas oportunidades, muito foi reclamado, principalmente pelos parlamentares dos partidos da oposição, o fato de que o Senado, ao longo sobretudo dos dois últimos governos, tem atuado como mero “carimbador” das matérias legislativas aprovadas na Câmara, abrindo mão de seu devido papel de Casa “revisora” das proposições de lei, aprovando ou rejeitando-os somente depois de ampla discussão em suas comissões e em plenário.

Essa crítica interna dentro do próprio Senado abre a perspectiva de melhor êxito dos trabalhadores em relação a essa nova etapa de tramitação da Reforma da Previdência no Congresso Nacional.

Diante disso, o SITREMG orienta os servidores do PJU em Minas a encaminharem a mensagem sugerida abaixo a todos os senadores e senadoras da República.

Depois de ler a mensagem, é só clicar “Enviar”.


    Exmo(a). Sr(a). Senador(a),


    Em meio a uma série de políticas de retirada de direitos implementadas pelos sucessivos governos, nós nos defrontamos agora com mais uma proposta de Reforma da Previdência que objetiva dificultar ainda mais a nossa aposentadoria.


    É sabido que, nas alterações promovidas no sistema previdenciário anteriormente, impuseram-nos longo tempo de contribuição conjugado com idade mínima bastante avançada, tiraram-nos a integralidade e a paridade, obrigaram-nos a continuar contribuindo mesmo depois de aposentados, reduziram os nossos proventos e, por último, fixaram um teto para a aposentadoria.


    Não satisfeitos, com a atual proposta de mudanças, através da PEC 6/2019, pretendem aumentar a idade mínima, desconsiderar as regras de transição fixadas pelas reformas anteriores, impor um cálculo ainda mais rigoroso para as aposentadorias, obrigar-nos a contribuir por mais de 40 anos se quisermos chegar ao provento máximo e inferior ao com que nos aposentamos atualmente e praticamente impedir o nosso direito de acumular proventos de pensão com aposentadoria.


    Sabemos que o caixa do governo se encontra vazio. Mas é de amplo conhecimento que isso é consequência dos rombos históricos de recursos decorrentes de esquemas de corrupção e de políticas equivocadas dos sucessivos ocupantes do Palácio do Planalto. Também não se pode negar que esses governos têm sido muito generosos com os mais ricos, facilitando-lhes a sonegação de impostos e da contribuição previdenciária patronal e favorecendo-os com políticas irresponsáveis de desoneração/renúncia fiscal. Uma generosidade que chega às raias do absurdo, sobretudo, com os especuladores do mercado e os banqueiros, aos quais propiciam lucros infindáveis decorrentes do pagamento de juros escorchantes para rolagem da dívida pública e da criação de novas frentes forçadas de investimentos em consequência do desmonte do Estado.


    Como temos visto, ouvido e lido ao longo da primeira semana de debates acerca da PEC 6/2019 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania dessa Casa, o Senado está diante de um grande desafio no momento, que o de deixar de ser uma Casa meramente “carimbadora” das proposições de lei oriundas da Câmara dos Deputados, como tem sido há tempos, e retomar o seu devido papel de “revisora”, depois de amplo debate com a população sobre os temas propostos.


    Dentro dessa nova perspectiva, contamos com o senso do dever de ofício e a sensibilidade de V. Exa. no sentido de analisar detidamente o conteúdo da Reforma da Previdência em tramitação nessa casa e registrar o voto pela rejeição da proposta do governo ou, não sendo possível, pela aprovação da mesma com modificações que minimizem os prejuízos para a aposentadoria não só de nós, servidores públicos, mas de toda a classe trabalhadora.


    Desde já, os nossos agradecimentos.


    Atenciosamente,


    Servidor(a) do Judiciário Federal


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