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Em Juiz de Fora, servidores federais ocupam as ruas contra a recusa do governo Dilma em negociar

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Servidores públicos federais foram às ruas em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, no último dia 9, e ergueram suas vozes contra a política de ignorar os protestos das mais de 30 categorias de trabalhadores já em greve desde meados de junho. Após se reunirem em frente ao Foro da Justiça Trabalhista da cidade, os servidores sairam em marcha com bandeiras e cartazes demonstrando sua insatisfação.

Os trabalhadores do Judiciário também estiveram presentes e, de acordo com relatos do conselheiro fiscal do SITRAEMG Alexandre Magnus, a mobilização foi um sucesso, tendo chamado a atenção de diversos veículos de imprensa – rádios, emissoras de TV e jornais impressos. “Os servidores ‘deram um show’, mostrando sua insastifação com um governo que não negocia e nem senta na mesa com seus próprios trabalhadores. O trabalho vai ser difícil, mas não impossível”, declarou o servidor do TRT na cidade.

Veja abaixo a íntegra da matéria feita pelo Jornal Tribuna de Minas, o maior da região, a respeito da  mobilização:

Servidores federais em greve fazem ato conjunto no Centro

Servidores de sete segmentos se uniram por melhores salários e condições de trabalho

Servidores federais de diversas categorias fizeram um ato conjunto na tarde desta quinta-feira (9) na região central de Juiz de Fora. Segundo os organizadores, estiveram presentes representantes dos professores e técnico-administrativos ligados a instituições de ensino, que já deflagraram movimentos grevistas, além de funcionários das justiças do Trabalho, Militar e Federal; da Defensoria Pública da União; do Ministério Público da União; e estudantes. Em busca de reajustes salariais, melhores condições de trabalho e de um serviço público de qualidade, os manifestantes se concentraram em frente ao Fórum da Justiça do Trabalho na Avenida Rio Branco 1.880, a partir das 14h. Uma hora e meia depois, o grupo seguiu em passeata até o Calçadão da Rua Halfeld, onde a mobilização teve continuidade.

O ato conjunto não deve ser uma ação isolada na cidade. Representantes dos vários sindicatos de classe presentes deliberaram sobre a necessidade de se estabelecer um calendário comum de mobilização. “É importante criarmos um fórum que possa organizar e unificar nossos atos, para que façamos outras ações comuns como essa. Nem que seja uma vez por semana. Assim, nossos movimentos vão ganhar corpo e se multiplicar. Isso será um facilitador na busca por um entendimento com o Governo”, afirma Alexandre Magnus, coordenador do conselho fiscal do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal no Estado de Minas Gerais (Sitraemg). Segundo ele, a federação nacional da categoria sinalizou favoravelmente à deflagração de um movimento grevista, já concretizado em estados como São Paulo e Distrito Federal. Em Minas Gerais, os analistas e técnicos podem cruzar os braços a partir do próximo dia 15 (quarta-feira).

Assembleia

Os dois movimentos grevistas mais duradouros, dos técnico-administrativos e dos professores das instituições federais, que atingem a UFJF e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sudeste de Minas (IF Sudeste), realizaram assembleias e deliberaram pela manutenção da greve.

Parados há 59 dias, os servidores da UFJF rejeitaram a proposta do Governo federal que oferecia reajuste de 15%, diluídos durante os próximos três anos. “Entendemos que essa proposta não nos satisfaz e autorizamos nossa federação nacional a apresentar uma contraproposta que teria um percentual de reajuste semelhante, porém, aplicado em até um ano. Essa contraproposta, entretanto, depende também do aval de outras assembleias regionais que estão sendo realizadas em todo o país”, explica Lucas Simeão, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação das Instituições Federais de Ensino de Juiz de Fora (Sintufejuf). Uma nova rodada de negociações entre as partes está agendada para amanhã.

Os docentes, paralisados há 80 dias, decidiram dar sequência ao movimento grevista. Na última quarta-feira (8), representantes da Associação dos Professores de Ensino Superior de Juiz de Fora (Apes) se encontraram com o reitor da UFJF, Henrique Duque, e pediram que intercedesse junto à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), na tentativa a forçar o Governo federal a reabrir as negociações. Na semana passada, o Ministério do Planejamento divulgou nota afirmando que a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes) aceitou assinar um acordo assegurando reajuste aos docentes. Porém, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino (Andes) e o Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Tecnológica (Sinasefe) rechaçaram o acerto.

Em Juiz de Fora, servidores de outras duas categorias também deram início a movimentos grevistas esta semana: fiscais federais agropecuários ligados ao Ministério da Agricultura e os policiais federais. Os trabalhadores de outros dois órgãos fizeram protestos durante a semana. Os auditores fiscais da Receita Federal paralisaram suas atividades e os policiais rodoviários federais fizeram a operação “Segurança II”, uma fiscalização rigorosa em tom de manifesto, que tumultuou o trânsito no km 767 da BR-040, em Dias Tavares, na última quarta-feira.

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