Durante atos públicos, servidores de Uberlândia também se manifestam contra postura do STF

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Os servidores do Judiciário Federal em Uberlândia realizaram ontem (12) e nesta quinta (13), atos públicos no TRE Justiça Federal, respectivamente, para discutirem os rumos do movimento grevista em defesa da reposição salarial da categoria. Confira as fotos ao término desta matéria.

Ontem, os informes giraram em torno da reunião com o diretor geral do TRT-3, realizada no último dia 10, que contou com a participação do servidor Luis Henrique, representando a categoria de Uberlândia.

Luiz Henrique passou as informações sobre a reunião (confira aqui). Também houve informes acerca da participação dos servidores na Câmara Municipal de Uberlândia e as várias manifestações de apoio recebidas dos vereadores e da população local, ou seja, os efeitos positivos que se verificaram naquele local.

Hoje, o ato foi praticamente voltado para comentar a iniciativa do STF, altamente prejudicial aos servidores do PJU, com o rebaixamento da proposta contida no PLC 28, inclusão da VPI e dos 13,23% no percentual total e, ainda, implementação em longos quatro anos em que as perdas anteriores foram praticamente esquecidas em total desrespeito para com os servidores, que já estão há nove anos sem reposição salarial. “A proposta do STF é totalmente descabida, inadequada, que não contempla os anseios da categoria”, criticam os servidores, lembrando a justificativa do STF de que não há dinheiro para implementar os índices do PLC 28. Veja aqui.

Há, ainda, lembram os servidores de Uberlândia, “previsão de reajuste para os Cargos Comissionados (CJs), em 16% (CJ1) e 25% (CJ2 a CJ4), à vista, a partir de janeiro, isto é, privilegiam tais cargos em detrimento da remuneração do quadro efetivo, em uma clara inversão de valores, mostrando bem a face do que é o Poder Judiciário nos dias de hoje, que parece pretender desmantelar a própria Categoria de servidores com essas práticas desleais e equivocadas”, apontam.

Noutro sentido, “parece ser diferente quando se trata de interesses dos ministros do STF, que aprovaram também ontem novo reajuste para eles, da ordem de 16% à vista, quando já tiveram outro reajuste de 18% desde o final do ano passado, ou seja, considerados os valores de novembro de 2014 para janeiro de 2016, os subsídios dos ministros terão acumulado reajustes de 40% praticamente à vista, para cobrir a inflação dos anos de 2009 a 2014 e a projetada para 2015”, analisa Carlos Humberto, servidor da Justiça Federal de Uberlândia e diretor de base do Sindicato.

Governo e STF estão propondo uma reposição disfarçada de 40% aos servidores, em longínquos quatro anos, sem incluir as perdas de 2007 até 2015. “Sem contar, ainda, que a magistratura teve prestimoso incremento de remuneração configurado no auxílio-moradia, de quase 5 mil reais mensais, em caráter precário, dizem, mas que eleva, concretamente, o aumento para quase 60% em apenas um ano para a classe”, destaca o diretor de base.

Os servidores em Uberlândia, assim como milhares espalhados pelo Brasil, se sentem indignados com esse tratamento desequilibrado conferido pelo STF às classes de magistrados e servidores, todos servidores públicos pagos pelo Erário. “Há diferenças, bem sabemos, mas não podemos ser tratados com tamanho descaso pelo STF”, apontam.

Esses servidores repudiam, veementemente, essa prática corporativista verificada no âmbito da cúpula do STF, em que é pregado que não há orçamento para servidores, mas há para ministros e demais magistrados, pelo efeito cascata. “A categoria dos servidores está sendo deixada de lado pela Administração do STF”, desabafam.

Por conta de todos esses aspectos negativos para a categoria, é que Uberlândia, juntando-se aos demais servidores em Minas Gerais, já está com praticamente 02 (dois) ônibus para ida a Brasília no dia 18, em que está prevista a apreciação do veto nº 26 no Congresso Nacional, caso seja incluído em pauta.

Aliás, tal inclusão foi vista como prioridade no atual momento, uma vez que o senador Renan Calheiros prometeu fazê-lo. Porém, não há garantia nenhuma de que isso ocorra, salvo se for comovido por uma forte pressão dos servidores e entidades em luta.

Vejam, abaixo, os dizeres contidos na faixa da foto abaixo, levada a Brasília, na caravana do dia 30 de junho, cabível de modo excepcional para o dia de hoje:  “PROPOSTA INDECENTE NÃO ACEITAMOS!”

“Não nos foi dado o direito de analisar a proposta do STF, apresentada ontem, 12, de forma unilateral e arbitrária pelo Poder que deveria primar pela Justiça. Então, lutaremos por aquela que julgamos minimamente justa para a categoria”, lamentam os servidores de Uberlândia.

Amanhã, 14, os servidores desta cidade se reunirão no TRT para a realização de mais um ato público, a partir de 12h30.

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