Matéria publicada nesta segunda-feira, 16, pelo jornal Correio Braziliense, de Brasília, informa sobre a movimentação para o acampamento planejado pelas entidades representativas de servidores públicos federais para acontecer até o dia 20 deste mês. A notícia ainda fala sobre a grande Marcha Unificada, prevista para o dia 18, quarta-feira. Servidores de 26 categorias estão em greve em busca de reajustes salariais – no entanto, o governo Dilma se recusa a negociar.
As duas atividades das quais o Correio fala também estão previstas no calendário de atividades da Fenajufe, que inclui, no dia 18, nova ida à sessão da Comissão de Finanças e Tributação – CFT para pressionar os parlamentares pela aprovação do PL 6613/2009.
Leia abaixo parte do texto e confira a íntegra aqui.
Grevistas tentam mostrar a sua força
Para pressionar o governo por reajustes e pela reversão do corte de ponto, 5 mil servidores acampam na Esplanada a partir de hoje. Líderes sindicais, que representam 26 categorias, prometem grande ato na quarta-feira
De braços cruzados desde 18 de junho, servidores públicos de 26 categorias iniciam hoje o movimento de ocupação da Esplanada dos Ministérios, num ato que tenta provar ao governo que o corte do ponto ordenado pelo Palácio do Planalto não enfraqueceu a greve geral por reajustes salariais.
Cerca de 5 mil trabalhadores deverão começar a chegar a Brasília nesta segunda-feira, em caravanas de ônibus e vans. Alguns trabalhadores virão em voos bancados pelos sindicatos, que oferecerão também a alimentação dos grevistas.
Como ponto de apoio, a organização pretende montar um grande acampamento que será armado no gramado da Esplanada, mas a expectativa é que os grevistas só fiquem no local durante o dia. Para passar a noite, serão oferecidas acomodações nos sindicatos e em residências, conforme informou a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef).
O momento mais importante da manifestação será uma caminhada na quarta-feira, que tem previsão de início para as 9h. Os grevistas pretendem cruzar o Eixo Monumental, no percurso que sai da Catedral, passa pelo Congresso Nacional e retorna ao Ministério do Planejamento, do outro lado da via. Para controlar o trânsito, que deve ficar bastante prejudicado durante o ato, a Polícia Militar deslocará um efetivo do Batalhão de Trânsito.
A expectativa da Condsef é de que a mobilização sensibilize o governo para o pleito dos servidores. Do outro lado do balcão, porém, o Ministério do Planejamento já sinalizou que não pretende conceder o aumento linear de 22% pedido (Veja arte) pelos grevistas em razão do impacto no orçamento, que chegaria a R$ 92,2 bilhões.
A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse ao Correio que o governo está tranquilo com o grande ato dos servidores. “A manifestação é um direito de todos. A Esplanada foi feita para isso. Mas eles precisam entender que não temos condições de dar reajuste a todos. Esse valor de R$ 92 bilhões é incompatível com um quadro de crise. Eles representam 50% da folha de salários dos trabalhadores federais e mais que o dobro que pretendemos gastar com o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento)”, ressaltou.
Outras manifestações devem acontecer ao longo dos cinco dias de ação esta semana, mas ainda não há uma agenda específica para o movimento. “Atos e mobilizações devem ser decididos na hora, no calor do momento”, explicou o diretor da Condsef, Sérgio Ronaldo.