Parte da delegação de Minas Gerais ao XI Congrejufe defendeu que a Fenajufe indicasse o início de uma greve da categoria para 31 de maio.
A avaliação dos (as) delegados (as) é que sem um forte movimento que pressione os tribunais superiores e o governo Bolsonaro não haverá recomposição salarial este ano.
O tema foi debatido pelo XI Congrejufe no sábado (30), no Plano de Lutas, e duas posições foram apresentadas.
A primeira, apresentada pelos grupos ligados à CUT, defendia que os sindicatos voltassem para as suas bases e dialogassem com os (as) servidores (as) para então definirem por uma paralisação nacional. A segunda, apresentada pelo grupo LutaFenajufe, defendia que a Federação indicasse o início da greve para 31 de maio.
A primeira proposta saiu vencedora no plenário. “Essa decisão enfraquece a luta da categoria para a mobilização pela recomposição salarial”, avalia o coordenador do Sitraemg David Landau.
“A greve é o único caminho para conseguirmos a recomposição salarial”, disse, reforçando que os colegas do INSS e do Banco Central já estão paralisados.
Para ele, a aprovação do indicativo de greve pela principal instância da categoria seria importante para que os sindicatos já começassem a mobilizar as suas bases.
“A nossa proposta era que os delegados e delegadas saíssem do Congrejufe com a tarefa de construir a greve em cada estado”, explicou.
David lembra que em 2015 também havia dúvidas sobre o início da mobilização, contudo, a categoria foi a luta e construiu a maior greve da história.
“Gritam fora Bolsonaro, mas não querem greve”
Durante os debates e a votação sobre o indicativo de greve para 31 de maio, os delegados por Minas Gerais Alexandre Magnus e Alexandre Brandt foram à frente do plenário.
Eles chamaram os colegas a votarem pelo indicativo de início de greve em 31 de maio. “Não adianta nada gritar fora Bolsonaro e não se mobilizar efetivamente contra o governo que está arrochando os nossos salários”, disse Alexandre Magnus, coordenador do Sitraemg.
“Em todos os nossos PCS e reposições salariais fizemos greve, então entendo que com o governo Bolsonaro tínhamos obrigação de definir o calendário de greve em nosso Congrejufe. Além disso, temos cada vez menos prazo legal para que consigamos a recomposição este ano. Por isso, a mobilização é urgente”, concluiu.
Veja o calendário de lutas aprovado
09 a 13 de maio – semana de realização de assembleias para deliberação da paralisação do dia 19 e debate sobre o conjunto do processo de mobilização.
12 de maio – dia de caravanas e mobilizações em Brasília, com a participação de colegas do Sinasefe e de estudantes da UBES, que estarão em congresso, nesse dia, na capital federal.
19 de maio – dia de mobilização e paralisações nos estados, incorporando outras reivindicações de segmentos da categoria ou locais.
25 a 29 de maio – nova semana de realização de assembleias para avaliação da mobilização e possibilidade de ingresso em greve.
Assessoria de Comunicação
Sitraemg