Dirigentes sindicais de entidades cutistas e representantes nacionais e estaduais da Central Única dos Trabalhadores de todas as regiões do Brasil participaram nos dias 16 e 17 de janeiro, em São Paulo, do primeiro encontro do ano do Coletivo Nacional de Mulheres da CUT. Na reunião, as militantes fizeram o planejamento das ações políticas da Secretária Nacional da Mulher Trabalhadora para 2008 e 2009 e deram início aos encaminhamentos e preparativos para as mobilizações do Dia Internacional da Mulher, comemorado todos os anos em 8 de março.
Segundo informações da Agência CUT, foram discutidos os principais eixos políticos da Secretaria, tais como a organização das mulheres nas entidades sindicais cutistas, intervenção nas políticas públicas, combate a todas as formas de discriminação na sociedade, no mundo do trabalho e no movimento sindical. Também foi realizado um debate sobre a política de quotas no movimento sindical e o seu descumprimento, além da organização e participação das mulheres na Plenária Nacional da CUT, que acontecerá em maio de 2008.
A Campanha pela Redução de Jornada sem Redução dos Salários e por Mais e Melhores Empregos também foi ponto de discussão e todas as militantes se comprometeram a colher assinaturas nos Estados, para o abaixo-assinado, lançado em ato político nesta segunda-feira, na sede da CUT, em São Paulo.
Para a coordenadora da Contag e vice-presidente da CUT, Carmen Helena Ferreira Foro, o encontro demonstrou a força e organização das mulheres nos Estados, que com esforço e compromisso estiveram presentes e envolvidas em todas as discussões e temas abordados.
Na avaliação da Secretária de Política Sindical da CUT, Rosane da Silva, a reunião do Coletivo Nacional foi muito proveitosa e bastante representativa, com a presença de militantes das entidades sindicais cutistas e das CUTs estaduais de todos os Estados.
A dirigente considera que as mulheres têm dois grandes desafios para o ano de 2008. O primeiro diz respeito à democracia interna com o fortalecimento e aplicação das quotas nos diversos ramos de trabalhadores e sindicatos; e a segunda refere-se ao direito das mulheres. Em função dessa análise, a redução da jornada de trabalho sem redução de salários será o eixo central das mobilizações do dia 8 de março deste ano.
Denise Motta Dau, secretária Nacional de Organização da CUT, que também acompanhou os dois dias de reunião do Coletivo Nacional avaliou que a decisão das mulheres cutistas de terem uma forte participação na coleta de assinaturas e atividades da Campanha pela Redução da Jornada de Trabalho, além de articular as lutas das mulheres trabalhadoras às lutas gerais e permanentes, potencializará a atuação das mulheres nos fóruns mais amplos de poder.
Fonte: Agência CUT