Os coordenadores do SITRAEMG, Igor Yagelovic e Henrique Olegário Pacheco, acompanhados da secretária executiva Margareth Pereira e dos filiados e servidores do TRT José Francisco Rodrigues (coordenador do Núcleo Mineiro da Auditoria Cidadã da Dívida), Luiz Fernando Rodrigues Gomes (membro da ACD), Lucilene, Renê Torres e Marcelo Costa Caixeta, estiveram presentes em mais um debate sobre o tema “Endividamento Público e suas modalidades”, promovido pelo Núcleo de Solução de Conflitos da Faculdade de Direito Milton Campos, no auditório dessa instituição, na última quarta-feira (23). A palestrante foi a auditora fiscal e coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lúcia Fatorelli, também, compondo a mesa, como debatedor, o vereador e professor Mateus Simões Almeida, do Partido Novo.
Na mesma linha da palestra proferida um dia antes, no auditório do Campus I do CEFET-MG, Maria Lúcia Fatorelli destacou enfaticamente as disparidades econômicas e sociais no Brasil, frutos, segundo ela, de políticas equivocadas ao longo dos anos e agravadas ultimamente. Como exemplo, citou o sistema fraudulento do endividamento, o modelo tributário que favorece as grandes riquezas, as recentes reformas aprovadas e em tramitação (Previdência, terceirização, trabalhista), o desmonte dos serviços públicos, as privatizações em curso, a “indecência” da PBH Ativos S/A, em Belo Horizonte, dentre outros fatos.
Salientou que o Brasil, nesse passo, caminha para o mesmo caos que arruinou a Grécia e outros países da Europa e apontou como saída a mobilização consciente da sociedade.
Houve um longo e enriquecedor debate, com a participação de alunos e professores, sobretudo do debatedor Mateus Simões, declaradamente liberal, favorável ao Estado Mínimo e contrário aos diversos pontos apresentados pela palestrante Maria Lúcia Fatorelli.
Ao final, Maria Lúcia, que atendeu ao convite do SITRAEMG, mas, provocada pelo Renê Torres, assessor da Corregedoria do TRT e gestor do Programa MGD (Mapeamento Global de Desempenho), conversou com os coordenadores e servidores que demonstraram interesse em conhecer melhor e divulgar o trabalho realizado pela Auditoria Cidadã da Dívida, inclusive de, em momento oportuno, promover atividades e ações junto aos servidores do Judiciário Federal, tão penalizados e atacados pelo governo. Renê, que também é filiado ao Sindicato, relatou sua preocupação com os rumos que está sendo conduzido o serviço público, e com a necessidade de se promoverem ações concretas de modo a fazer frente às ações do governo, em sentido contrário aos interesses dos servidores públicos, nos três níveis da federação.
Maria Lúcia Fatorelli esclareceu, ainda, que o trabalho da ACD é voluntário, mas que a instituição depende de doações, e acrescentou que, atualmente, os custos mensais somam-se mais de R$ 11 mil. Disse ainda a auditora que, com relação à CPI da PBH Ativos, a Câmara apenas disponibilizou um computador para realização dos trabalhos da Auditoria, mas nenhum funcionário. O economista Rodrigo Ávila, da equipe da Auditoria Cidadã da Dívida, deslocou-se de Brasília para Belo Horizonte, onde ficará até terminar os trabalhos da CPI.
Maria Lúcia Fatorelli colocou-se à disposição do Sindicato, na linha de proposição do filiado Renê, acrescentando que também o economista Rodrigo Ávila estará disponível para discussões e debates sobre os temas de interesse da categoria.