Coordenadora cutista e governista da Fenajufe comemora negativa do STF a tentativa da categoria de restaurar sessão do Congresso que manteve o Veto 26/15

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A direção do SITRAEMG faz questão de manifestar sua indignação diante de mais uma demonstração de subserviência e até engajamento da ala cutista da direção da Fenajufe aos interesses do governo em relação às próprias causas do Judiciário Federal. O Sindicato teve acesso a uma mensagem enviada por Mara Weber, servidora do Rio Grande do Sul e uma das coordenadoras gerais da Federação, em que esta, ao comentar sobre as articulações pela aprovação do PL 2648/15 no Congresso Nacional, comemora, descaradamente, o fato de o Supremo Tribunal (STF) ter negado “conhecimento” ao Mandado de Segurança impetrado por deputados que apoiaram a derrubada do Veto 26/15 (veto ao PL 28/15, da reposição dos servidores do Judiciário Federal), mas não tiveram oportunidade de votar no dia 16 de novembro passado, solicitando a restauração da sessão. “As notícias positivas além do aval MPOG ficam por conta do não conhecimento do MS que pedia restauração da sessão de apreciação do veto 26”, escreveu ela na mensagem.

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Além de seu vínculo quase “umbilical” à CUT, Mara Weber reforça também sua predileção petista-governista, ao classificar como “atropelo do Moro” a determinação do juiz Sérgio Moro para que fosse feita a condução coercitiva que levou Lula para depor sobre as acusações que pesam contra ele, na última sexta-feira (4), no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. “Agora o avanço do processo de cassação de Cunha e o recrudescimento da conjuntura com a questão do atropelo do Moro em relação ao ex-presidente Lula só piorou cenário”, assinalou a coordenadora da Fenajufe. E para reforçar ainda mais a tese de que atua “pró-governo” nas causas da categoria, a servidora gaúcha condena os colegas do Judiciário Federal do Piauí, provavelmente por terem decidido, em assembleia realizada no último dia 4, pela continuidade do trabalho de mobilização com os parlamentares para conseguir a diminuição do prazo de sua implantação e a retirada do percentual de 13,23%. “Decisões como a tirada no Piauí não ajudam”, reclamou Mara Weber. Ou seja, o “projeto do leitinho”, como convêm ao governo, deve ser defendido sem contestação dos servidores.

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É por esses e tantos outros motivos que a direção do SITRAEMG salienta os servidores de Minas Gerais que estarão na assembleia geral extraordinária que será realizada no próximo sábado (12/03) a ficarem bastante atentos aos colegas que colocarão seus nomes como candidatos a delegado ao 9º Congrejufe.  No Congresso da Federação, os delegados elegerão a nova diretoria da Federação. É, portanto, extremamente importante que sejam escolhidos como delegados servidores que estejam determinados, ao votar para a eleição da Fenajufe, a escolher candidatos que estejam efetivamente comprometidos com as causas da categoria, rechaçando assim, de uma vez por todas, cutistas e governistas das instâncias decisórias da categoria.

Confira, abaixo, a íntegra (ipsis litteris) da mensagem de Mara Weber:

“Boa noite pessoal, andei ausente né? é que posto aqui quando tenho algo concreto para dizer, senão fica difícil manter o foco no que precisa ser priorizado: aprovar o PL 2648. Recebi a pouco a informação que estava esperando de que o PL 2648 recebeu aval formal do MPOG em reunião realizada agora à noite com STF. O reajuste do MPU ainda tem que acertar detalhes e os dois devem ser votados juntos. Essas duas semanas foram cansativas e difíceis seja pela dificuldade de retorno do MPOG, seja pela dificuldade de articular na câmara as conversas necessárias para o 2648 entrar no cronograma de votação. Eu Valter, Zé Aristéia e Alexandre Marques, fomos conversar na Secretaria Geral da Presidência da República mais de uma vez, pois o Ministro Berzoini tem influência importante na construção da pauta das votações que governo dá ok na reunião de líderes que acontece na terça-feira de cada semana. Também, conversamos com o líder do PSDB e com o líder do Dem, pois precisamos do apoio deles para ter ok na votação. No final da semana passada falamos com o líder do PT na câmara e entreguei um resumo do que precisávamos, ou seja, que PL seja pautado na reunião de líderes e seja acertado o cronograma de votação. Tenho informação de que o Ministro Lewandowski falou com o líder do PSDB e líder do governo na câmara, para pedir agilização também. Talvez tenha falado com outros líderes mas não sei dizer. Amanhã temos que trabalhar nisso. A história ainda está longe do fim, pois o cenário está bem complicado e será um grande desafio garantir a votação até final de março. As duas últimas semanas o que monopolizou a câmara foi a discussão dos pinduricalhos que burlam o teto e a magistratura tava em alas, assim como os deputados e deputadas. Agora o avanço do processo de cassação de Cunha e o recrudescimento da conjuntura com a questão do atropelo do Moro em relação ao ex-presidente Lula só piorou cenário. Talvez tenhamos que enfrentar obstrução da oposição essa semana. Além disso tem o PL MPU que ainda não fechou. Tem muito trabalho pela frente. As notícias positivas além do aval MPOG ficam por conta do não conhecimento do MS que pedia restauração da sessão de apreciação do veto 26. Importante que as AG nos estados também respaldem a aprovação do PL. Decisões como a tirada no Piauí não ajudam. Para o governo o melhor dos mundos é que o tempo passe e vá fazendo poupança com o dinheiro que tá lá no anexo V aprovado para a implementação do 2648 e que nós não podemos “sacar” enquanto não aprovarmos o PL. amanhã tem muito trabalho pela frente, então, boa noite e se tiver mais alguma informação posto amanhã pra vcs.”

 

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