Foi realizada no período de 2 a 5 de agosto, Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador (BA), a XXII Plenária Nacional da Fenajufe, que teve como tema central “Servidores(as) do PJU/MPU unidos(as) para construir a resistência e a luta por direitos!”, e como pauta, os seguintes itens: 1. Regimento interno; 2. Análise de conjuntura e ataques aos serviços e servidores públicos; 3. Precarização, Terceirização e desmonte do PJU e MPU; 4. Plano de Lutas e Campanha Salarial; 5. Carreira do PJU e MPU; 6. Prestação de Contas; 7. Moções.
Temas debatidos e palestrantes: Mesa de abertura: Coordenadores representantes das seis forças que compõem a direção, do Sindjufe/BA – sindicato anfitrião, do Fonasefe, da Fenajud, coordenadora do Cone Sul ( FJA e AFJU) e centrais sindicais; Análise de conjuntura (internacional e nacional) e ataques aos serviços e servidores públicos: Rafael Freire, José Loguércio e Plinio Sampaio; Precarização, Terceirização e desmonte do PJU e MPU: Roberto Heloani (Saúde/Assédio Moral), Graça Duck e Daniel Romero; Carreira do PJU e MPU: Démerson Dias; e Plano de Lutas e Campanha Salarial. Houve, ainda, leitura e votação do regimento interno, prestação de contas, plenárias para votação das propostas de resolução.
Representaram o SITRAEMG, no evento, os seguintes filiados, eleitos em assembleia geral realizada em 23 de junho último: como delegados, Isaac Raymundo de Lima (JF/Governador Valadares), Alexandre Magnus Melo Martins (TRT/Juiz de Fora), Paulo José da Silva (TRT/aposentado), Jordana Márcia Neves Pereira (TRT/BH), Ângela Maria de Rezende (TRT/aposentada), Wallace Marques Coelho (JF/Governador Valadares), Elimara Cardoso B. Gaia (TRT/Divinópolis), Lúcia Maria Bernardes de Freitas (TRT/aposentada), Rosilene Valadares de Matos (TRE/BH), Luciano Breguez Poloni (TRE/Ipatinga), Deise Assumpção Vieira de Andrade (JF/Juiz de Fora), Paula Drumond Meniconi e Célio Izidoro Rosa; e como observadores, Osmar Souto Ferreira (TRE/João Pinheiro), Fernanda Flávia M. Ferreira (TRT/BH) e Vilma Oliveira Lourenço da Silva (TRE/BH).
Durante o debate sobre carreira, ao fazer uma pergunta para o palestrante, Demerson Dias, o coordenador do SITRAEMG Paulo José da Silva falou sobre a Campanha de Valorização do Servidor que está sendo feita pelo SITRAEMG, criticou o processo de divisão interna porque passa a direção da Fenajufe e pediu a unidade da categoria para o fortalecimento da luta contra projetos em tramitação no Congresso que, se aprovados, prejudicarão em muito os servidores públicos (veja, abaixo, o vídeo com a fala do coordenador, que está no tempo entre 1h33’35” e 1h37’02”). Eis a íntegra da fala do coordenador do Sindicato: “Eu gostaria de dizer que esse problema que nós temos, do PJe, essa inteligência artificial, isso lá em Minas Gerais nós estamos combatendo com o seguinte: nós estamos fazendo uma campanha (de valorização) do servidor público. Estamos indo às bases, conversando com todos os servidores públicos. Estamos indo aos políticos que a gente sabe que têm alguma condição de ganhar (de ser eleito), fazendo reuniões e dizendo que o servidor tem que ser valorizado, que o servidor não vai admitir que se fale mal dele, e que, ‘se por acaso o senhor partir para essa linha, nós vamos denegrir a sua imagem nas nossas falas, nas nossas campanhas’, e assim por diante. Estamos em contato com as administrações de todos os tribunais, e hoje eles (os tribunais) já estão nos chamando para fazer reuniões. Em todas as questões que envolvem os servidores, nós estamos presentes, com direito a conversar, a falar e discutir as políticas que são implementadas para os servidores. Estamos caminhando praticamente Minas Gerais toda, levando essa campanha. Uma das dificuldades que a gente tem é de encontrar o servidor, por que a gente chega aos tribunais e não tem servidor ali presente. Ele está trabalhando em casa. Como é que estamos tentando resolver isso? Mandando e-mail, indo à casa do servidor. Vamos ao interior, conversamos com o servidor. Se ele não estiver no tribunal (local de trabalho), vamos à casa dele e expomos o que estamos querendo, principalmente para os que não são filiados. E aqui vai uma crítica muito grande em relação à nossa Fenajufe, que está nessa divisão tão grande. Todo mundo vem aqui, fala a mesma coisa. A gente pede unidade, pede coerência, mas em todos os encontros que estou vindo, tem essa divisão. E vocês sabem a dificuldade que é a gente conseguir pessoas para se filiar aos sindicatos, porque ficam sabendo que a nossa federação está nessa briga tremenda. Então, quando a gente conversa com eles, eles dizem o seguinte: ‘se lá na federação eles estão com essa brigaiada tremenda, para que que eu vou me filiar?’ Então, é bom que vocês pensem que a nossa unidade tem que ser construída, nós temos que derrubar vários projetos de lei que vão nos penalizar”. Segundo o coordenador, a iniciativa do SITRAEMG foi muito elogiada e aplaudida pelos participantes da plenária.
Fazendo um balanço da plenária nacional, o coordenador geral do SITRAEMG Célio Izidoro, que também esteve presente, apresenta uma avaliação bastante positiva do evento e, assim como o colega Paulo José da Silva, também defende a unidade – não só da categoria, mas de toda a classe trabalhadora – para as lutas, além da construção de uma greve geral. “Fiquei otimista com a plenária. Apesar das divergências dos campos políticos, os delegados souberam pressionar para que saísse o plano de lutas que já podemos construir nos estados. Construir um forte 10 de agosto e 10 de setembro. Tudo isso foi possível a partir de um bom debate de conjuntura, onde concluí que a burguesia em crise usará de toda a estrutura governamental, econômica, igreja, mídia, para superar a crise econômica, que também a atinge. Porém, a classe trabalhadora tem que ter saída, que não passa pela credibilidade na instituição burguesa. A solução da crise que vivem os trabalhadores passa pela unidade e a construção de uma greve geral, exigindo que não mexam nos nossos direitos – que revoguem algumas já aprovadas e não sejam aprovadas outras em discussão. No marco do capitalismo, o que queremos é distribuição de renda e dignidade para os trabalhadores. Cabe à federação impulsionar as capacidades de reação dos servidores e unificar a luta com a classe operária. Se isso não acontecer, estamos a caminho da barbárie no mundo”, analisa Izidoro.
Confira, a seguir, informações e vídeos das atividades da XXII Plenária, em links de matérias publicadas pela Fenajufe: