Iniciada ainda na manhã desta sexta-feira (25/11), o votação do regimento interno seguiu até a noite do segundo dia da XX Plenária Extraordinária da Fenajufe. Apesar do grande esforço empreendido pela mesa organizadora em estabelecer consensos e o pedido da retirada de propostas, representada pela fala da coordenador da Federação Mara Weber, que alertou os delegados a não se prenderem a questões menores para que isso não prejudicasse o andamento de toda a Planeária “Se espera que tenhamos um grande esforço para superar todos os pontos que não foram votados no Congrejufe”, questões de forma permaneceram no centro da polemica das votações, atrasando de forma geral as votações.
Recursos
Outro ponto de grande polarização da plenária foi a votação do recurso sobre o rodízio dos cargos da diretoria executiva e de suplência da Federação, questão que historicamente foi adotada pela coordenação colegiada da Fenajufe, mas que foi vetada pelo maioria da atual diretoria em reunião de agosto. O recurso foi apresentado pelo sindicatos de base Sintrajufe-RS, Sintrajud-SP, Sindjufe-BA, Sindjufe-MS e Sintrajufe-MA. Com inúmeras questões de ordem a votação foi prolongada por mais de 3 hora, o que fez com que o plenário respondesse a mesa com gritos de ordem pedindo o adiantamento da votação.
O grupo contrário ao recurso, composto pelos grupos Liberta Fenajufe e Fenajufe sem Correntes apresentou uma questão de ordem pedindo a destituição da mesa, presidida por Gerardo Alves (União por Justiça) e Cristiano Moreira (LutaFenajufe) alegando falta de democracia nos trabalhos, a questão de ordem gerou grande agitação do plenário, adiando ainda mais a votação do recurso. A questão de ordem foi derrotada por uma votação apertada, 76 votos contrários a destituição, 70 votos a favor e 6 abstenções.
Após a votação da destituição da mesa, outras 5 questões de ordem foram encaminhadas com o objetivo de impedir a votação do recurso apresentado pelos sindicatos de base. Para que a votação não protelasse ainda mais o fim do espaço, prejudicando a votação do plano de lutas e reforma estatutária, o delegado do Sintrajud-SP Tarcísio Ferreira (representando o campo LutaFenajufe), solicitou que as propostas fossem votadas em bloco, alegando que todos as questões de ordem tinham como único objetivo travar a votação e impedir o exercício da democracia de forma casuística. A diretora do Sindjus-DF, Edinete Bezerra (Fenajufe Sem Correntes), se opôs a decisão, e foi derrotada em votação por ampla maioria decidida por contraste visual pela proposta defendida pelos grupos Luta Fenaufe e União por Justiça!
Superadas as questões de ordem, a votação sobre o recurso foi dividida em dois momentos, a admissibilidade do recurso pelo plenário e o seu mérito. Os grupos Liberta Fenajufe e Fenajufe Sem Correntes alegaram que o recurso não poderia ser apreciado, pois foi entregue fora do prazo de 30 dias, os defensores da proposta argumentaram que o recurso foi apresentado dentro do prazo hábil a partir do momento que os sindicatos tomaram conhecimento oficialmente da proposta. Por 78 votos a favor, 60 contra e 7 abstenções o plenário aceitou a admissibilidade do recurso. Após perderem a votação, os grupos opositores a proposta se retiraram do plenário e o mérito foi votado por contraste, por ampla maioria dos delegados.