Acompanhe o Sitraemg nas redes sociais

Com contribuição das forças políticas, plenário atualiza a análise de conjuntura

Compartilhe

A política voltou ao centro do debate neste terceiro dia da XX Plenária Nacional Extraordinária. O tema da mesa, organizada pelos diretores da Fenajufe Alisson Ribeiro (Liberta Fenajufe), José Aristeia (Democracia e Luta) e Saulo Arcangeli (Luta Fenajufe), foi a atualização da análise de conjuntura nacional, com o objetivo de armar o plano de lutas da Federação.

O primeiro momento da atividade foi dedicado a contribuição das forças políticas que compõem a plenária. Representantes de centrais e dos grupos e oposições foram convidados a dar suas contribuições sobre o tema. Se inscreveram os grupos Liberta Fenajufe, Base na Luta, Democracia e Luta, União por Justiça, Judiciário Progressista e de Luta e Luta Fenajufe. O Grupo Fenajufe sem Correntes não participou do debate. Confira abaixo a contribuição das forças.

Ranufo Faria – Liberta Fenajufe

whatsapp-image-2016-11-26-at-15-50-42
Foto: Valcir Araújo

O servidor falou dos projetos em andamento e destacou uma série de ações, em defesa da categoria, realizadas pelo seu grupo. Ao falar da PEC 55/2016 (antiga 241), o servidor disse que não é contra a limitação de gastos, mas que é preciso ter critérios claros para evitar o desmonte da saúde, da educação e da previdência. “Não sou contra limitar gastos, mas é preciso ter critérios claros para isso. É preciso debater também o imposto sobre grandes fortunas, que está previsto na Constituição Federal, mas ainda não foi regulamentado”, disse.

Paulinho e Laércio Bernardes – Base na Luta

dsc_0002

Os servidores destacaram que a cúpula do Judiciário Federal foi conivente com o golpe institucional/parlamentar em andamento no Brasil. Entre as medidas citadas por eles que representam retrocessos, se destacam a MP da reforma do ensino médio e a PEC 55/2016, que limita os investimentos no serviço público nos próximos 20 anos. Além disso, repudiaram o avanço do conservadorismo na sociedade e o que eles chamaram de marcatismo nas entidades de base da Fenajufe. “Vivemos hoje uma grave criminalização dos partidos de esquerda e dos movimentos sociais”, destacou Laércio.

Renato Moreira – CTB

dsc_0003

O representante da Central dos Trabalhadores do Brasil iniciou sua fala saudando o comandante Fidel Castro, falecido na madrugada deste sábado, o que dividiu o plenário entre vaias e aplausos. O sindicalista falou que há um consenso sobre o caráter do atual governo e do cenário, e em nome desse consenso clamou pela unidade da categoria com os demais setores da classe trabalhadora, “Não é ficando numa bolha que resolveremos o problema do cenário”, disse. Renato fez uma defesa do Estado como peça fundamental na garantia do serviço público, e se posicionou contra as políticas neo-liberais afirmando que só unido com todos os trabalhadores será possível impedir o desmonte do estado brasileiro representado pela PEC 55, “as siglas A ou B não pode nos dividir, elas também são importantes, porque nos definem, mas temos que nos atentar para o que nos une”, concluiu. 

Mara Weber – Democracia e Luta

mara
Foto Joana Darc

Segundo a diretora da Fenajufe, já um assenso das forças neo-liberais no mundo inteiro, e o golpe em curso no estado brasileiro é consequência desse assenso. Segundo Mara, é fundamental entender que o governo Temer não é continuação do governo Dilma, pois eles não tem a mesma natureza. Mara afirmou que mesmo que o governo Dilma não tenha seguido a risca o projeto que a elegeu, aplicando medidas de ajuste fiscal, o governo Temer segue uma cartilha diferente, “baseada no neo-liberalismo, atuando na redução do estado e na truculência com os movimentos sociais”.

Gerardo Lima e Aldinon Silva – União por Justiça

dsc_0006

O sindicalismo precisa se reinventar e buscar cada vez mais buscar a base. É preciso acima de tudo buscar a unidade dos que lutam, pois o governo se vale da fragilidade e divisão na categoria pra impetrar ainda mais ataques aos trabalhadores. Gerardo afirmou que é preciso fazer unidade com todas as centrais, confederações, federações e partidos políticos que quiserem se unir a luta contra a retirada de direitos. “Se existem servidores que ainda concordam com a PEC 241 e o plano desse governo, temos que nos aproximar desses servidores para abrir-lhes os olhos e mostrar que essa postura vai contra o seu próprio meio de sobrevivência”, e concluiu, reforçando a unidade “é importante que tenhamos clareza em nossa pauta de reivindicação, quem quiser vir conosco será muito bem vindo”.

Thiago Duarte Gonçalves – Judiciário Progressista e de Luta

dsc_0007

O servidor de São Paulo caracterizou que apesar das contradições do governo do PT, que em suas prioridades se assemelha e muito ao governo Temer, eles se diferiram em sua essência. O PT priorizou o lucro dos bancos, mas se esforçou para diminuir as desigualdades sociais com programas sociais que embora limitados demonstraram resultados. Dessa forma, igualar o neo-desenvolvimentismo do governo anterior com o neo-liberalismo do atual governo é um erro. Thiago afirmou que a manobra parlamentar foi sim um golpe para aprofundar o desmonte do estado brasileiro.

Elcimara Souza e Cristiano Moreira– Luta Fenajufe

dsc_0008

Em contraposição aos colegas que se posicionaram anteriormente, os representantes do grupo Luta Fenajufe afirmaram que é preciso caracterizar que o governo Temer é sim continuidade do governo Dilma. Os dirigentes da Fenajufe afirmaram que a política de ajuste fiscal, o PLP 257 e a reforma da previdência foram gestadas no governo anterior, que só não aplicou mais ataques porque caiu devido a sua falta de sustentação social.

04375b3f-aeda-40d5-ab6e-d4707eee1e38
Foto: Valcir Araújo

Os servidores pontuaram que é preciso resistir a estes ataques independente de que governo vier, e citou o exemplo dos estudantes, que tem sido tem sido a ponta de lança desse processo de mobilização e resistência “essa plenária tem que ter muito claro qual o seu principal papel, é preciso se mobilizar e resistir contra os governo”. Cristiano ainda pontuou que, dentro da categoria há quem trabalhe contra a pauta dos servidores, “Os mesmos colegas que tentaram impedir a votação ontem, com inúmeras obstruções e questões de ordem, e por fim se retirando do plenário após serem derrotados, são os mesmo colegas que furaram a maior greve da história da categoria, e que se opõem a pauta da greve geral alegando que essa seria uma pauta político partidária”. E terminou fazendo um chamado,  “Precisamos de uma Federação de luta, combativa e que seja capaz de enfrentar todos os ataques a nossa classe. Fora Temer e todos os corruptos e rumo a greve geral”, concluiu.

Após a contribuição das forças políticas, a mesa apresentou a atualização do texto base de conjuntura elaborado pela direção da Fenajufe e abriu o debate para contribuições individuais. A partir das contribuições foram elaboradas emendas ao texto, um acordo consensual suprimiu parte do texto, e as propostas sem acordo serão encaminhadas ao caderno de resoluções como contribuição das correntes.

Texto de ConjuntUra

Compartilhe

Veja também

Pessoas que acessaram este conteúdo também estão vendo

Busca

Notícias por Data

Por Data

Notícias por Categorias

Categorias

Postagens recentes

Nuvem de Tags