Os servidores do Judiciário Federal de Minas Gerais deliberaram pela adesão à greve sanitária a partir do dia 22 de fevereiro. A decisão foi tomada pela maioria dos participantes da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) virtual, realizada neste sábado (13/02), por meio da plataforma Zoom.
Estiveram presentes os coordenadores do Sitraemg Isaac Raymundo de Lima, Lourivaldo Duarte, Paulo José da Silva, Carlos Melo, Luciana Tavares, Artalide Lopes, David Landau, Domingos Sávio, Helder Amorim, Nelson da Costa, Helvécio Moreira, Marcus Félix e Marisa Campos, o advogado da assessoria jurídica Jean Ruzzarin, o psicólogo Arthur Lobato, responsável técnico pelo Departamento de saúde do trabalhador e combate ao assédio moral (DSTCAM) e servidores.
Os participantes da AGE discutiram e deliberam sobre a greve sanitária mediante a adoção ampla e irrestrita do teletrabalho para todas as servidoras e servidores, mantidos em funcionamento presencial apenas os serviços justificadamente urgentes e inadiáveis na forma em que realizados durante o plantão extraordinário.
O advogado da assessoria jurídica Jean Ruzzarin explicou que a medida conhecida como “greve sanitária” é uma forma de dar respaldo jurídico aos servidores que não querem trabalhar presencialmente devido ao risco de contágio pelo novo coronavírus. “Não é uma greve para parar de trabalhar, mas para assegurar o direito ao trabalho remoto, uma vez que o sindicato não teve atendidos os reiterados pedidos feitos aos órgãos do PJU para colocar os servidores em teletrabalho enquanto a pandemia estiver sem controle”, destacou.
Já o psicólogo Arthur Lobato, responsável pelo DSTCAM do sindicato, falou sobre a alta taxa de transmissão e mortalidade no estado e que somente os métodos preventivos, como o uso de máscara, higienização e o isolamento social, podem garantir a saúde e a vida da população.
Ele também citou que o CNJ fez uma pesquisa com 40 mil servidores e magistrados apontando que o coronavírus gerou ansiedade e depressão nas pessoas e que, por outro lado, aumentou a produtividade. “Diante disso, somos a favor do teletrabalho. A greve sanitária é necessária e chega em um momento em que estão esgotadas as negociações com os tribunais”, enfatizou.
SITRAEMG IRÁ ADERIR À CAMPANHA FORA BOLSONARO
Em votação por meio do Sindicalizi, a maioria dos filiados decidiram pela adesão à campanha “Fora Bolsonaro”.
O coordenador Paulo José da Silva ressaltou que a reforma administrativa (PEC 32/2020) e as PECs 186, 187 e 188, de 2019, estão para serem votadas no Congresso. “Temos que lutar para impedir que elas passem e causem o desmonte do serviço público”, alertou.
Isaac Raymundo de Lima destacou que o Sitraemg está empenhado na luta contra a PEC 32/2020, que retira a estabilidade dos servidores. “Estamos engajados nas mobilizações do Movimento a serviço do Brasil, do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) e da Fenajufe para combater a reforma administrativa e as demais propostas de retirada de direitos da categoria”, disse.