Ato público virtual, às 14h30 desta quinta (28), denuncia a “chaga da impunidade” aos 17 anos da Chacina de Unaí

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Diversas atividades estão sendo realizadas ao longo desta semana, sob a liderança do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), para rememorar o quádruplo assassinato – dos auditores fiscais Erastóstenes de Almeida Gonçalves, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e o motorista Ailton Pereira de Oliveira, todos eles servidores do Ministério do Trabalho -, ocorrido no dia 28 de janeiro de 2004. Uma delas é o ato público virtual que ocorrerá às 14h30 desta quinta-feira (28) e transmitido, ao vivo, pela plataforma Youtube: https://youtu.be/3CmWxWt7DHQ

O crime, que se tornou mundialmente conhecido como Chacina de Unaí, foi cometido  em uma emboscada durante diligência de rotina que os servidores realizavam na zona rural do município de Unaí, no Noroeste de Minas, para fiscalização de trabalho escravo.

Dos nove envolvidos na Chacina, ninguém está 100% preso atualmente, e um deles morreu antes de ser julgado. Pela atuação débil da Justiça diante de um crime tão bárbaro, o Sinait classifica o caso como a “Chaga da Impunidade”. É com esse espírito de indignação e revolta que a entidade, ao lado da Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae) e diversas entidades da sociedade civil e do setor público, estão organizando os protestos que também marcam a celebração da Semana Nacional do Combate ao Trabalho Escravo no Brasil (mais detalhes AQUI).

Situação dos envolvidos na Chacina

Acusados como mandantes, o fazendeiro Norberto Mânica, condenado a 65 anos de reclusão, aguarda os trâmites jurídicos em liberdade, e o irmão dele e também fazendeiro, Antério Mânica, chegou a ser condenado, a 100 anos de prisão, mas teve o julgamento anulado. Depois do crime, Antério ainda elegeu-se prefeito, por duas vezes, do município.

Acusados de contratar os matadores, Francisco Elder Pinheiro morreu em 2013, sem ser julgado, e Humberto Ribeiro dos Santos teve a pena prescrita. Dos apontados como executores do assassinato, Rogério Alan Rocha Rios, foi condenado a 94 anos de prisão, e cumpre pena em regime aberto; Erinaldo de Vasconcelos Silva, a 76 anos, e William Gomes de Miranda, a 56 anos, em regime semiaberto. Por causa da pandemia, Erinaldo passou para prisão domiciliar.

Acusados de orquestrar a chacina, juntamente com os irmãos Mânica, José Alberto de Castro foi condenado a 58 anos, 10 meses e 15 dias de reclusão, e Hugo Alves Pimenta a 31 anos e 6 meses. E ambos também estão soltos, aguardando recursos judiciais.

Fontes: Sinait e OTempo

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