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Ânimo novo para a luta contra pauta maldita de Temer

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“Lugar de trabalhador é na rua, é denunciando o governo e o Congresso. Temos que mostrar nossa cara e a nossa indignação”, ‘provocou’ o coordenador geral do SITRAEMG Célio Izidoro. “Vem pra cá. Vamos lutar contra os ataques do governo”, conclamou a coordenadora Elimara Gaia.

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O ato pelo Dia Nacional de Lutas, Mobilização e Paralisação em Defesa do Serviço Público, contra a Reforma da Previdência e pela revogação da Reforma Trabalhista, realizado no TRT da Rua Mato Grosso, em Belo Horizonte, nesta quinta-feira (14), parecia que ia ser a repetição dos últimos realizados, com ausência total de servidores, influenciados pelo estado de desmobilização geral que tomou conta da sociedade diante das medidas de retiradas de direitos do governo Temer. Aos poucos, porém, com coordenadores do Sindicato se revezando ao microfone e chamando os colegas para descerem, os apelos foram ouvidos. Apesar de não ter sido em grande número, servidores desciam, subiam, outros chegavam, e assim transcorreu todo o período do ato, ocorrido das 12 às 14 horas. Outras bandeiras de luta também destacadas foram o rezoneamento, recém-aprovado pela Corte do TRE, e os ataques à Justiça do Trabalho, muitos deles já materializados através de cortes orçamentários e enfraquecimento da instituição em decorrência da reforma trabalhista. Além de servidores da Justiça do Trabalho, estiveram presentes colegas das Justiças do Trabalho e Eleitoral de Belo Horizonte, Divinópolis e Sete Lagoas. Outros coordenadores do Sindicato presentes: Henrique Olegário Pacheco, Dirceu José dos Santos, Paulo da Silva e Artalide Lopes.

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Para este ato de hoje, o SITRAEMG realizou “arrastões” ao longo da semana nas unidades do TRT, em Belo Horizonte, com os coordenadores Célio Izidoro e Paulo da Silva, juntamente com o assessor político Efraim Moura e os também funcionários Alexandre Esteves e Leopoldo Lages, deixando bem claro aos servidores que só com luta os trabalhadores poderão reverter a pauta maldita do governo. E hoje mesmo Célio Izidoro adiantou que novos atos serão realizados, na Justiça Federal e TRE, e que esse trabalho de chamamento à categoria, em seus locais de trabalho, será feito da mesma forma, sempre “puxando” os servidores da casa para a manifestação em defesa do serviço público e contra as reformas.

Pacote de maldades não tem fim

Ao longo de toda a manifestação de hoje, os participantes mostraram toda a indignação com o governo federal e salientaram que, com a anuência de um Congresso com maioria de parlamentares corruptos, como tem provado a operação Lava Jato, Temer já conseguiu aprovar a terceirização em todas as atividades do serviço público e da iniciativa privada, a Emenda 95 (que congela gastos públicos por 20 anos), a reforma que precariza o ensino médio, a reforma trabalhista e, apesar da resistência da sociedade, insiste em “emplacar” também a reforma das reformas na Previdência Social. Não satisfeito em inviabilizar os orçamentos dos órgãos públicos, Temer quer também acabar com a estabilidade dos servidores, através do PLS 116/17, da Avaliação de Desempenho, em tramitação no Senado Federal.

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O coordenador do Sindicato Célio Izidoro ainda enumerou várias outras medidas de retiradas de direitos anunciadas pelo governo, dentro do pacote de maldades objetivando garantir a meta fiscal de 2017. Medidas tais como um Plano de Demissão Voluntária (PDV), congelamento salarial para 400 mil servidores ativos, aposentados e pensionistas, reestruturação das carreiras que praticamente inviabilizará a progressão na carreira, extinção de 60 mil cargos. Elas atingirão, a princípio, os servidores do Executivo, mas, como de praxe, logo logo poderão ser estendidas aos dos outros poderes, como a ameaça também de ampliar o percentual da contribuição previdenciária dos servidores federais, dos atuais 11% para até 14%.

Barrar Temer, só com luta, unificada

A servidora do TRT Fernanda Flávia lembrou aos colegas presentes que a PEC 287/16 (Reforma da Previdência) ainda não avançou no Congresso porque os servidores públicos, demais trabalhadores e a sociedade foram protestar nas ruas, e defendeu a união de toda a categoria para enfrentar o governo. “Nossa resistência precisa ser unificada, juntando o movimento sindical com os movimentos popular e estudantil. Só organizados poderemos derrotar esse governo e esse Congresso vamos ter que ir para Brasília, invadir o Congresso e pressionar”, acrescentou Célio Izidoro.

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O coordenador Hélio Diogo pediu a todos que convoquem os colegas, parentes e amigos para mostrar-lhes que a reforma da Previdência atinge a todos, salientando que “a inércia diante das medidos do governo pode conduzir toda a classe trabalhadora para o abismo”.

David Landau, servidor do TRT, lembrou que, embora a mídia não divulgue, pois não tem interesse, existe uma CPI da Previdência em andamento no Senado, e que ao longo desses trabalhos já foi comprovado que a Previdência não é deficitária, ao contrário do que alega o governo. “O que Temer quer é acabar com o serviço público, em detrimento dos mais pobres, para enriquer os banqueiros”, disse. E não é só com a reforma da Previdência que os banqueiros contam com a festiva boa vontade do chefe do Executivo. A servidora do TRE Rosilene Valadares, que lamentou a extinção de zonas eleitorais em Minas com a resolução do rezoneamento aprovada pela Corte do TRE, também citou a dívida pública como o grande foco de desvio de verbas públicas para o sistema financeiro. Ela sugeriu a todos passarem aos familiares e amigos todo o conjunto de informações acerca do arcabouço de falta de transparência que envolve o endividamento do país e o pagamento da dívida, e lembrou que Temer, assim como Dilma, vetou da Lei de Diretrizes Orçamentárias dispositivo que cobrava a realização da auditoria da dívida.

O coordenador do Sindicato Paulo da Silva foi bastante enfático quanto à necessidade de todos os servidores públicos e demais trabalhadores irem à luta contra as medidas catastróficas do governo. “A sociedade tem que ter consciência de que seus direitos estão sendo tomados: não existe educação, saúde, segurança. Se não fizermos nada estaremos fadados a desaparecer”, vaticinou.

Roda de conversa sobre a Reforma Trabalhista

O coordenador Henrique Olegário Pacheco reforçou o contive aos servidores para o roda de conversa sobre a Reforma Trabalhista, que o Sindicato promoverá no sábado (16), a partir das 8h da manhã, na sede do SindRede (Avenida Amazonas, 491, Centro, Belo Horizonte), pelo projeto Despertar com o Sindicato. Pacheco também recomendou que os servidores procurem participar também dos eventos que debatem as medidas do governo Temer contra o serviço público e os direitos dos servidores.

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