Tribunal Popular julga crime ambiental da Samarco/Vale/BHP em Belo Horizonte

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Neste 1º de abril, acontecerá em Belo Horizonte um Tribunal Popular para julgar os crimes da Samarco/Vale/BHP pelo rompimento das barragens de Santarém e Fundão. Convocado por entidades sindicais, dentre as quais o SITRAEMG, ambientais, estudantis, comunidades quilombolas, indígenas e de pescadores do estado de Minas Gerais, atingidas pelo crime ocorrido no dia 5 de novembro de 2015, o Tribunal Popular faz parte da campanha de responsabilização da Samarco/Vale/BHP para julgar aquele que é considerado por ambientalistas o maior crime ambiental do planeta nos últimos 100 anos. Essa atividade também faz parte do dia nacional de lutas em 1º de abril convocado por diversas entidades que não compõem o setor governista nem a oposição de direita, defendendo, assim, um terceiro campo organizado nas mobilizações dos trabalhadores, da juventude e do povo pobre. O Julgamento se realizará na Praça 7, a partir das 18 horas.

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Clique na imagem para acessar o evento do facebook.

O Tribunal, será constituído de Juízes, promotores, advogados, um corpo de jurados, testemunhas e contará ainda com o depoimento de 2 vítimas do crime. Haverá ainda depoimento de mineiros do Chile, Argentina, Bolívia, Africa e Canadá.

O objetivo segundo seus idealizadores é chamar à atenção da sociedade para uma condenação necessária não só das empresas, mas, também do Estado através de seus governos atual e anterior, governo municipal e a União. É que, passados quase 5 meses de um crime que registrou 19 mortes, além de um desastre com enorme prejuízo não só para o meio ambiente, mas, também para a economia de diversas cidades e populações ribeirinhas, atingindo diretamente, as comunidades indígenas, quilombolas e de pescadores, que viviam da atividade pesqueira e que, hoje se veem prejudicadas até para os hábitos cotidianos de uma higiene pessoal ou para satisfazer a sede.

Multas foram aplicadas, mas as empresas recorreram e o que temos diante de tal crime é a impunidade dessas empresas. Tudo porque a Vale é uma das grandes doadoras de campanha para os partidos PT, PSDB e PMDB, o que permite que as efetivas punições não avancem. Chegou-se ao ponto de as mineradoras Samarco, Vale e BHP e os poderes públicos federal e estaduais firmarem um acordo que encerra a ação civil pública que está sendo movida contra as empresas pelas violações de direitos humanos, sociais e ambientais decorrentes do rompimento das barragens. Além disso, as empresas são quem decidem quais as famílias atingidas deverão ser indenizadas e em quanto, e quem não ficar satisfeito com a indenização terá de entrar na justiça.

 O SITRAEMG convida todos os servidores do Poder Judiciário da União no Estado de Minas Gerais para que, com sua presença, possamos dar voz as vítimas de mais esse crime das mineradoras. todos os trabalhadores desta categoria para que, com sua presença, possamos dar voz as vítimas de mais esse crime das mineradoras.

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